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As autoridades presumiram que estavam mortos os três presos que fugiram da prisão em 1962. No entanto, uma carta supõe que eles teriam sobrevivido. Clarence Anglin, Frank Morris e John Anglin escaparam de Alcatraz em 1962 BBC Três assaltantes de banco provaram que a segurança de Alcatraz poderia ser quebrada. Em 1934, a prisão modelo dos Estados Unidos foi instalada em uma pequena ilha no Pacífico Norte. Era tão isolada que seria impossível que os detentos cruzassem as águas da Baía de São Francisco e sobrevivessem a uma tentativa de fuga. No entanto, John Anglin, Clarence Anglin e Frank Morris se arriscaram para fugir na noite de 11 de junho de 1962. Eles usaram cabelo, papel higiênico e sabão para fazer cabeças de bonecos, que cobriram com cobertores para fingir que estavam dormindo. E então fugiram por um túnel que cavaram usando colheres durante meses, a partir das celas deles. Os presos fizeram um bote inflável com capas de chuva e pularam na água em algum momento entre 20h e 2h, de acordo com documentos do FBI. Apesar dos esforços de busca, os homens nunca foram encontrados. Alcatraz, também conhecida como "A Rocha", deixou de ser uma prisão de segurança máxima em 1963, um ano após a fuga. A BBC conta três incógnitas sobre o caso que não foram resolvidas 60 anos depois. Quase 60 anos após sua desativação, Alcatraz continua a revelar segredos GETTY IMAGES/via BBC O que aconteceu com os prisioneiros que fugiram de Alcatraz? As autoridades disseram que, na época, não havia como os três fugitivos terem sobrevivido nas águas geladas da Baía de São Francisco, embora hoje os triatletas nadem esse trecho sem problemas. O FBI encerrou a investigação em 1979. No entanto, a polícia de São Francisco recebeu uma carta supostamente escrita por um deles em 2013, que foi vazada para a imprensa e a opinião pública americana cinco anos depois. "Meu nome é John Anglin", começa a carta. "Eu escapei de Alcatraz em junho de 1962. Sim, todos nós sobrevivemos naquela noite, mas por pouco!", continua o texto. O autor da carta alega que os três sobreviveram e chegaram à terceira idade. O suposto John Anglin afirma que Morris morreu em 2005 e seu irmão Clarence, em 2008. O signatário da carta chega a propor um acordo às autoridades: "Se anunciarem na televisão que me prometem que vou ficar apenas um ano na prisão e que vão me dar atendimento médico, vou escrever de volta para dizer exatamente onde estou." "Tenho 83 anos e não estou fisicamente bem. Tenho câncer", acrescenta. De acordo com a carta, John Anglin viveu a maior parte de sua vida em Seattle, Washington, e passou oito anos em Dakota do Norte. A cela que foi ocupada por Frank Morris foi recriada no museu de Alcatraz Justin Sullivan/via BBC A carta é autêntica? O serviço US Marshals, responsável pelo caso desde 1979, enviou a carta a um laboratório do FBI para uma análise forense da caligrafia. "As amostras de caligrafia dos três fugitivos, John Anglin, Clarence Anglin e Frank Morris, foram comparadas com a carta anônima e os resultados foram inconclusivos", disse o serviço em comunicado. Na época em que a polícia recebeu a carta, John Anglin alegou estar morando no sul da Califórnia. Até hoje, os três fugitivos permanecem na lista dos mais procurados e as autoridades divulgaram fotos de como eles podem estar depois de envelhecerem. Imagem da carta supostamente enviada por John Anglin KPIX/via BBC 'Quem enviou as flores?' David Widner, um sobrinho dos irmãos Anglin, disse à CBS que a avó dele recebeu flores com cartões assinados por John e Clarence durante vários anos após a fuga. As cartas não foram avaliadas por nenhuma autoridade para identificar a autenticidade. "A verdade é que não cheguei a uma conclusão se acho que foi o John que escreveu ou não", disse David Widner. Independentemente da veracidade do documento, o sobrinho ficou consternado pelo fato de que a carta não foi entregue à família. "Já que ele diz que tem câncer e está morrendo, eu sinto que eles deveriam pelo menos ter procurado a família e nos informado sobre a carta", disse ele. A cela de um dos Anglin é uma das áreas mais visitadas do museu que funciona hoje em Alcatraz, que recebe cerca de 1,3 milhão de turistas por ano. É também o ponto de partida para a competição anual de triatlo "Escape from Alcatraz" (Fuga de Alcatraz, em tradução livre), na qual centenas de atletas provam que, com treino e equipamento adequados, é possível sair da temida ilha e chegar vivo ao continente.

Os corpos estavam na carreta do caminhão encontrado no estado do Texas. Pelo menos 46 pessoas são encontradas mortas dentro de caminhão nos EUA Mais de 40 pessoas foram encontradas mortas em uma carreta de um caminhão perto da cidade de San Antonio, no estado do Texas, nos Estados Unidos, nesta segunda-feira (27). O governador Greg Abbott afirmou que são 42 mortos. O Corpo de Bombeiros, porém, informou que encontrou 46 corpos empilhados no interior do veículo. Não há crianças entre os mortos, afirmaram os bombeiros. Outras 16 pessoas foram encontradas vivas e levadas a hospitais da região, segundo dirigentes do governo local. De acordo com os bombeiros, 4 dos sobreviventes são crianças. Mais de 40 são encontrados mortos dentro de caminhão nos EUA nesta segunda-feira (27). ABC via Reuters A hipótese inicial é que as vítimas são imigrantes, de acordo com o "New York Times". Acredita-se que todos os que estavam na carreta entraram nos EUA de forma ilegal. Autoridades informaram que no grupo resgatado com vida há dois guatemaltecos, mas não há mais informações sobre as nacionalidades das vítimas e dos demais sobreviventes. O ministro de Relações Exteriores do México, Marcelo Ebrard, afirmou que o cônsul mexicano está indo para o local e que a nacionalidade das vítimas é desconhecida. O caminhão foi descoberto próximo a trilhos de trem na região de Southwest Side em San Antonio. A cidade fica a cerca de 250 km da fronteira entre Estados Unidos e México. A polícia de San Antonio faz buscas pelo motorista do veículo, que, aparentemente, abandonou o caminhão. Três pessoas foram detidas, mas a polícia não explicou a relação delas com o caso. O Departamento de Segurança Interna dos EUA assumiu a investigação. Viaturas de polícia perto do caminhão onde foram encontrados mais de 40 corpos nos EUA, em 27 de junho de 2022 Kaylee Greenlee Beal/Reuters Não se sabe ainda como as pessoas morreram. Há uma onda de calor nessa região do Texas —nesta segunda-feira, foi registrada temperatura de 39,4ºC. Não havia água no espaço onde as pessoas estavam amontoadas. Veja os vídeos mais assistidos do g1

Irã confirmou que protocolou a candidatura para pertencer ao grupo que hoje tem Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Presidente da Rússia, Vladimir Putin, durante encontro online com países do BRICS em 2021 Sputnik/Mikhail Metzel/Kremlin via REUTERS O grupo dos Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) poderá receber dois novos integrantes: o Irã e a Argentina. O Irã protocolou uma candidatura para se tornar membro do grupo de economias emergentes, de acordo com um dirigente de governo iraniano. O porta-voz do Ministério de Relações Internacionais do Irã afirmou nesta segunda-feira (27) que a entrada do país no grupo resultaria um ganho para ambos os locais. Argentina Segundo a porta-voz do Ministério de Relações Internacionais da Rússia, a Argentina também se candidatou, mas ainda não há confirmação dos argentinos de que houve um pedido formal de entrada nos Brics. O presidente Alberto Fernandez, no entanto, já afirmou que gostaria de ingressar no grupo. Veja abaixo um vídeo sobre a reunião do líderes dos países do bloco em 2021. Brics: Bolsonaro muda tom e diz que parceria com China é 'essencial' para gestão da pandemia Estratégia russa A Rússia tem tentado criar laços com países da Ásia, América do Sul e Oriente Médio para resistir às sanções impostas pela Europa, Estados Unidos e outros países por sua invasão à Ucrânia. Na segunda-feira, os Estados Unidos e outras nações ocidentais prometeram apoio à Ucrânia depois que 28 civis foram mortos em vários ataques russos, incluindo um ataque com mísseis em um shopping lotado. A Rússia nega atacar civis e chama a guerra de "operação militar especial" para desarmar a Ucrânia e protegê-la dos fascistas. Veja os vídeos mais assistidos do g1
Os americanos afirmam que o alvo era Abu Hamzah, um iemenita que era líder do grupo Hurras al-Din, que teria ligações com a Al Qaeda. Os Estados Unidos fizeram um ataque em uma região da Síria nesta segunda-feira (27).
Os americanos afirmam que o alvo era Abu Hamzah al Yemeni, que era líder do grupo Hurras al-Din, que teria ligações com a Al Qaeda.
Segundo os americanos, Hamzah estava viajando sozinho em uma motocicleta quando foi atingido. Eles também dizem que não houve perdas civis.
O grupo Defesa Civil Síria, uma organização humanitária, disse que um homem foi morto pouco antes da meia-noite. A moto onde ele estava foi atingida com dois disparos, e o corpo dele seria transferido para a instituto médico legal da cidade de Idlib.
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Ex-presidente da Rússia é atual vice-presidente do Conselho de Segurança do país. Dimitri Medvedev, ex-primeiro-ministro da Rússia, e Vladimir Putin, o presidente, em reunião governamental no dia 15 de janeiro de 2020 Sputnik/Alexey Nikolsky/Kremlin/ via Reuters Qualquer invasão na península da Crimeia por um estado-membro da Otan pode ser entendida como equivalente a uma declaração de guerra contra a Rússia, o que pode levar à "3ª Guerra Mundial", disse o ex-presidente da Rússia, Dmitry Medvedev, nesta segunda-feira (27). "Para nós, a Crimeia é parte da Rússia. E isso significa para sempre. Qualquer tentativa de invadir a Crimeia é uma declaração de guerra contra nosso país", disse Medvedev ao site de notícias Argumenty i Fakty. "E se isso for feito por um estado membro da Otan, isso significa conflito com toda a aliança do Atlântico Norte; uma Terceira Guerra Mundial. Uma catástrofe completa." Comboio de veículos blindados russos em rodovia na Crimeia, região da Ucrânia que foi invadida e anexada pela Rússia em 2014, em foto de 18 de janeiro de 2022 AP Medvedev, que atualmente é vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia, um órgão que assessora o presidente Vladimir Putin em suas decisões sobre defesa, também disse que se a Finlândia e a Suécia se juntarem à Otan, a Rússia fortaleceria suas fronteiras e estaria "pronta para medidas de retaliação", e isso poderia incluir a perspectiva de instalar mísseis hipersônicos Iskander "em seu limite". A Crimeia, que tem mais de 2,5 mil quilômetros de litoral, está unida ao resto do continente europeu somente pelo Istmo de Perekop, que tem aproximadamente oito quilômetros de extensão. Além disso, a península está ligada desde maio de 2018 ao restante do território russo por uma ponte de aproximadamente 17 quilômetros de comprimento, que cruza o Estreito de Kerch. O Kremlin considera que a Crimeia é território russo porque assim ficou decidido pelos cidadãos da península em um referendo realizado em 2014. Mas a Ucrânia, que deteve o controle da região entre 1954 e 2014, ainda tem pretensão de recuperá-la.

Em caso sobre separação entre religião e Estado, juízes determinaram que funcionário público de escola pode expressar sua religiosidade e entram em conflito com um longo histórico de casos analisados pela Suprema Corte dos EUA sobre o limite de atividades religiosas dentro da educação pública. O treinador escolar Joseph Kennedy em frente à Suprema Corte dos EUA Win Mcnamee/Via BBC A Suprema Corte americana decidiu que uma escola pública errou ao punir seu técnico de futebol americano por fazer orações após os jogos de seu time. De acordo com a decisão, os atos de Joseph Kennedy são protegidos pelo direito constitucional à expressão religiosa. A escola argumentou que as orações conduzidas pelo treinador e funcionário público, que se ajoelhava no meio do campo, poderiam forçar alunos de crenças diferentes ou ateus a participar de um ato religioso cristão. O caso foi considerado um teste importante da separação entre religião e Estado nos EUA. Apoiadores do treinador Joseph Kennedy do lado de fora da Suprema Corte Getty Images/Via BBC Por 6 votos a 3, o tribunal de maioria conservadora decidiu que a escola violou o direito de Kennedy a "uma expressão religiosa pessoal, com base em uma visão equivocada de que [a Constituição] tem o dever de suprimir expressões religiosas mesmo que permita um discurso secular". No texto que justifica os votos que apoiam os atos do técnico de futebol americano, o juiz Neil Gorsuch afirmou que "a Constituição não exige nem tolera esse tipo de discriminação". O histórico recente da corte (ler mais abaixo) era de evitar o envolvimento de práticas religiosas em atividades que envolvem o Estado. Já a juíza Sonia Sotomayor, que votou contra, escreveu que a decisão "é particularmente equivocada porque aumenta os direitos religiosos de um representante escolar, que voluntariamente aceitou o emprego público e os limites de tal cargo". Kennedy teve a ideia de rezar depois das partidas de sua equipe depois de assistir na TV a Facing the Giants (Encarando os Gigantes, em tradução livre). O filme de 2006 mostra um treinador de uma pequena academia religiosa que levou seu time a ganhar um campeonato estadual de futebol depois de pregar valores cristãos a seus jogadores, incluindo a realização de orações. Na época, Kennedy cogitava assumir o cargo de técnico de futebol americano em uma escola de ensino médio em Bremerton - cidade perto de Seattle no Estado de Washington - apesar de ter pouca experiência no esporte. A esposa trabalhava para as escolas da região, e ele recebeu a oferta com base em sua experiência como fuzileiro naval dos EUA, quando jogava partidas de vez em quando. Ele aceitou o emprego e, nos sete anos seguintes, rezou em campo após os jogos - às vezes sozinho, às vezes com jogadores - aparentemente com pouca atenção ou controvérsia. 'Endosso da escola' Isso mudou depois de um jogo em setembro de 2015, quando um treinador adversário notificou o diretor da escola de Bremerton sobre as orações. A escola informou a Kennedy que os atos poderiam ser interpretados como um endosso da instituição à religião, que entra em conflito com um longo histórico de casos analisados pela Suprema Corte dos EUA sobre o limite de atividades religiosas dentro da educação pública. Kennedy se recusou a atender às ordens da escola e acabou ganhando destaque na mídia, com uma multidão de espectadores reunidos no campo ao redor do treinador. A escola decidiu colocá-lo em licença. No final de seu período, em vez de tentar renovar seu contrato de um ano com a escola, ele processou o distrito escolar por infringir seu direito constitucional à liberdade de religião e percorreu o país para falar sobre seu caso. E assim começou uma batalha de seis anos nos tribunais que envolve vários aspectos da Primeira Emenda da Constituição dos EUA - que protege a liberdade de expressão e o exercício religioso, mas também proíbe a imposição de uma religião pelo Estado. Na Suprema Corte, o advogado de Kennedy argumentou que ele era simplesmente um cidadão comum que desejava poder expressar suas crenças religiosas pessoais após a conclusão de seus deveres oficiais como treinador. O distrito escolar de Bremerton, disse o advogado, punia o técnico por exercer seus direitos, violando suas proteções constitucionais. Já o representante legal da escola contrapôs que as ações de Kennedy foram muito mais do que orações privadas - eram exibições públicas em grupo realizadas na propriedade da escola, o que poderia ter um efeito coercitivo sobre estudantes e atletas com diferentes crenças religiosas. Histórico da Suprema Corte era de apoiar limitações Traçar limites como esse é recorrente para juízes da Suprema Corte. São consideradas questões complicadas que envolvem direitos e proteções constitucionais. Em 2000, uma maioria de 6 a 3 da Suprema Corte decidiu que a oração liderada por estudantes antes de um jogo de futebol, transmitida pelo sistema de som da escola, era um endosso inconstitucional do governo à religião. Uma pequena maioria de 5 a 4 em 1992 considerou que uma oração liderada por religiosos em uma formatura de escola pública era inerentemente coercitiva e, portanto, inconstitucional. Um dos casos que mais importantes sobre essa temática é "Lemon vs Kurtzman", de 1971, que estabeleceu um teste em três partes sobre a constitucionalidade de uma lei. Primeiro, as leis devem ter um "propósito legislativo secular". Segundo, a legislação não pode sustentar nem inibir a religião. E, por último, o governo não pode estar "excessivamente envolvido com a religião". O tribunal cada vez mais conservador abandonou o "teste de Lemon" em favor de leis que permitem ou até mesmo apoiam a expressão religiosa - e a decisão do tribunal neste caso torna esse movimento explícito. A juíza Sotomayor afirmou que a decisão leva a um "perigoso caminho em forçar os Estados a se envolver com a religião, colocando os nossos direitos em jogo". Defensores conservadores da liberdade religiosa vinham pedindo exatamente esse movimento. Lori Windham, consultora sênior da organização Becket Fund for Religious Liberty, disse que "é um direito trazer as verdades mais profundas e importantes para a vida pública". Veja os vídeos mais assistidos g1

Caso seja adotada, a nova lei transformaria a Espanha em um dos poucos países do mundo que autoriza a autodeterminação de gênero. Imagem da Parada do Orgulho LGBTQIA+ em Barcelona, na Espanha, em 25 de junho de 2022 Pau Barrena / AFP O governo da Espanha afirmou nesta segunda-feira (27) que enviou ao Congresso um projeto de lei que, caso aprovado, permitirá que pessoas a partir de 14 anos possam mudar de gênero. O projeto tem a seguinte proposta: Aos 14 anos, será permitido que as pessoas mudem de gênero com a autorização dos pais; Aos 16 anos, as pessoas podem mudar de gênero mesmo sem a autorização dos pais. A partir dos 14 os espanhóis precisam fazer um documento de identidade, conhecido no país pela sigla DNI. 5ª Parada do Orgulho Trans recebe artistas em São Paulo Caso seja adotada, a nova lei transformaria a Espanha em um dos poucos países do mundo que autoriza a autodeterminação de gênero. Até agora, para realizar esta mudança no Registro Civil, uma pessoa maior de idade precisa de um boletim médico, além de ter se submetido a um tratamento hormonal durante ao menos dois anos. No caso dos menores de idade, um juiz pode conceder sua autorização caso a caso desde 2019. Uma criança de nove anos acaba de obter a autorização em Galiza (noroeste), segundo anunciou a Justiça nesta segunda-feira. O projeto de lei será apresentado ao Parlamento antes do recesso de verão, afirmou a ministra de Igualdade, Irene Montero, após a adoção no Conselho de Ministros de uma versão definitiva do texto, do qual o Executivo já debateu há um ano um primeiro rascunho. "Voltamos a ficar na vanguarda e como uma referência internacional em defesa dos direitos das pessoas LGBTQIA+, particularmente das pessoas trans", acrescentou Montero, a poucos dias do início das grandes celebrações do Orgulho em Madri. O texto do governo - que gerou debates incendiários no ano passado, inclusive dentro da própria coalizão progressista do governo - permitirá que uma pessoa mude seu nome e gênero em seus documentos de identidade a partir dos 16 anos, precisando apenas da solicitação. Todo o processo deverá ser finalizado "em um prazo máximo de quatro meses", disse Montero. Veja os vídeos mais assistidos do g1

Acidente aconteceu depois que a composição bateu num caminhão basculante no Missouri. Imprensa local cita que há mortos e feridos, mas ainda não houve comunicado oficial. Trem descarrila nos EUA Um trem descarrilou no estado do Missouri, nos Estados Unidos, nesta segunda-feira (27). Segundo a rede americana CNN, há cerca de 50 feridos. Um patrulheiro rodoviário identificado como Justin Dunn informou à imprensa local que há pelo menos três mortos. Passageiros saem pela janela de trem que descarrilou nos EUA, em 27 de junho de 2022 Dax McDonald/AP A empresa publicou um comunicado. Cerca de 243 passageiros viajavam na composição. "A Amtrak sabe do incidente com o trem 4, e está trabalhando com autoridades locais". O trem havia saído de Los Angeles e rumava para Chicago. O acidente aconteceu depois de uma batida com um caminhão basculante na cidade de Mendon, no Missouri. Um dos mortos estaria no caminhão e os outros dois estariam no trem. Imagens compartilhadas nas redes sociais mostram pelo menos cinco vagões tombados ao lado de uma plantação de milho, com os passageiros subindo pelas janelas e portas da composição. Reprodução de vídeo mostra trem descarrilado no estado do Missouri, nos EUA Reprodução O descarrilamento acontece um dia depois que outro trem operado pela Amtrak se chocou com um veículo de passageiros em um cruzamento ferroviário na Califórnia, deixando um saldo de três mortos. O cruzamento envolvido não tinha cancelas, e um funcionário local dos bombeiros disse que não é muito comum que ocorram acidentes ali, informou a filial local da NBC. Veja os vídeos mais assistidos do g1

A ilha mediterrânea de Malta é o único país da União Europeia a ter uma proibição total da interrupção da gravidez. A presidente do Parlamento Europeu, a maltesa Roberta Metsola, de centro-direita, se posiciona contra o aborto. Imagem de Valletta, em Malta Darrin Zammit Lupi/Reuters Mais de cem médicos em Malta apresentaram um protesto na segunda-feira (27) contra a proibição do aborto no país, depois que um hospital se recusou a interromper a gravidez de uma turista americana com complicações potencialmente fatais. O chamado "protesto judicial" — que muitas vezes leva a um processo judicial — foi apresentado depois que a turista Andrea Prudente foi levada de avião para fora do país a fim de receber atendimento de emergência em um caso que ganhou o noticiário em todo o mundo. Leia também Acesso ao aborto: após decisão contrária nos EUA, veja onde no mundo mulheres podem interromper a gravidez ou não Aborto legal é desencorajado em hospitais cadastrados para o procedimento A ilha mediterrânea de Malta é o único país da União Europeia a ter uma proibição total da interrupção da gravidez. A presidente do Parlamento Europeu, a maltesa Roberta Metsola, de centro-direita, se posiciona contra o aborto. Apresentada contra o primeiro-ministro, o ministro da Saúde e o secretário parlamentar de reforma e igualdade de Malta, a queixa assinada por 135 médicos diz que a proibição do aborto no país criminaliza não apenas as mulheres que procuram o aborto, mas também os médicos que o praticam. O documento pede a remoção de um artigo do código penal que pune médicos que administram abortos com até quatro anos de prisão e os proíbe de exercer a medicina por toda a vida. Pena de prisão Mulheres em Malta que fazem abortos podem pegar até três anos de prisão. A lei em questão proíbe os médicos signatários do protesto de “de prestarem cuidados imediatos no momento devido, sendo que tal atraso está colocando em perigo a vida e a saúde das mulheres grávidas". Andrea Prudente havia sido internada no hospital durante as férias em Malta depois de apresentar sangramento intenso em sua 16ª semana de gravidez. Como o bebê ainda tinha batimentos cardíacos, os médicos não intervieram, disse seu parceiro Jay Weeldreyer à AFP na semana passada, apesar de sua bolsa ter estourado e um ultrassom ter mostrado a placenta parcialmente descolada do útero. Preocupado com o risco potencialmente fatal de inflamação generalizada, o casal acabou indo para a Espanha, onde a mulher recebeu tratamento, disse Weeldreyer. O protesto apresentado na segunda-feira diz que a criminalização dos médicos os impede de prestar atendimento devido, "especialmente nas situações em que surgem complicações na gravidez", forçando-os a permanecer longe dos padrões internacionais. Portanto, a "falta de proteção e acesso a cuidados médicos das pacientes é inaceitável e equivale a uma violação dos direitos humanos fundamentais das mulheres", afirma o documento. Paradas LGBT+ nos EUA protestam contra suspensão do direito ao aborto Veja os vídeos mais assistidos do g1

As mulheres que queriam abortar em Israel precisavam se apresentar em um comitê. Isso agora foi eliminado. Imagem do Parlamento de Israel Maya Alleruzzo/AP Israel mudou as regras relativas ao aborto no país para facilitar o acesso ao procedimento nesta segunda-feira (27). A nova lei, aprovada em um comitê dos parlamentares, faz com que as mulheres tenham acesso à pílula do dia seguinte pelo sistema de saúde pública do país. Leia também Aborto legal é desencorajado em hospitais cadastrados para o procedimento Acesso ao aborto: após decisão contrária nos EUA, veja onde no mundo mulheres podem interromper a gravidez ou não Além disso, o país acabou com a obrigatoriedade de uma etapa antes de realizar o procedimento: a mulher precisava se apresentar a um comitê. Esses comitês eram criticados no país. A maioria dos pedidos para realizar o processo eram aprovados, mas as mulheres reclamavam de serem obrigadas a passar por um procedimento considerado burocrático, humilhante e intrusivo. Eventualmente, elas precisam esperar muito tempo. O procedimento do aborto é oferecido em Israel e é menos controverso do que em outros países desenvolvidos, como os Estados Unidos. Agora, o processo será feito on-line. Haverá a opção de um encontro com um assistente social. As novas regras entram em vigor em três meses. O ministro da Saúde, Nitzan Horowitz, afirmou que a reforma das leis vai tornar o processo mais simples, mais respeitoso e avançado. Ele afirma que as novas regras mantém o direito da mulher decidir o que fazer com o próprio corpo, algo que ele descreveu como um direito humano básico. Mudanças nos EUA A mudança em Israel foi aprovada uma semana depois de uma alteração significativa nos EUA. O fim do direito legal ao aborto nos EUA Na semana passada, a Suprema Corte dos EUA acabou com o entendimento constitucional de que as mulheres podem escolher ter um aborto. Durante cerca de 50 anos, a regra que valeu nos EUA foi uma decisão tomada em um processo conhecido como Roe versus Wade. Isso foi alterado com a decisão recente da Suprema Corte. Horowitz, o ministro da Saúde de Israel, fez comentários sobre a mudança nos EUA. Para ele, os EUA ajustaram o relógio para trás. “A mulher deve ter direito completo em relação ao corpo dela, a decisão da Suprema Corte dos EUA nega o direito da mulher fazer escolhas sobre o próprio corpo e é um processo triste de repressão das mulheres, colocando o país líder do mundo livre e liberal cem anos para trás”, afirmou. Veja os vídeos mais assistidos do g1

Deputada é a terceira mulher a denunciá-lo desde que ele se tornou ministro em maio deste ano. Damien Abad, ministro da Solidariedade da França, diante da bandeira do país em junho de 2022 Benoit Tessier/REUTERS Uma denúncia por tentativa de estupro foi apresentada nesta segunda-feira (27) por uma deputada contra o ministro francês da Solidariedade, Damien Abad. Trata-se da terceira mulher a acusar o ministro de violência sexual. Em 20 de maio, um dia após a nomeação de Abad como ministro da Solidariedade, Autonomia e Pessoas com Deficiência, duas mulheres, citadas pelo site de investigação Mediapart, acusaram o novo ministro de tê-las estuprado em 2010 e 2011. Uma delas havia apresentado duas denúncias, que foram arquivadas. Para a outra, um relatório havia sido feito pelo Observatório de Violência Sexista e Sexual, mas a Promotoria de Paris havia indicado que não abriria uma investigação por falta de "elementos que permitissem identificar a vítima dos fatos denunciados". Palácio do Eliseu, em Paris, na França Regis Duvignau/Pool Photo via AP A Promotoria de Paris confirmou à AFP que recebeu uma denúncia nesta segunda-feira por tentativa de estupro contra Abad, revelada pelo Mediapart, especificando que estava "atualmente sendo analisada". Ela foi apresentada por uma "centrista eleita", que acusa Abad de tentativa de estupro durante uma festa organizada em sua casa em Paris no primeiro semestre de 2010. "Mais uma vez, contesto veementemente qualquer acusação de tentativa de estupro ou agressão sexual", disse Abad em uma declaração escrita enviada à imprensa. "Não vou deixar sem resposta essas acusações falsas e ultrajantes (...) Pedi aos meus advogados que fizessem uma queixa por denúncia caluniosa", acrescentou. Em meados de junho, Mediapart publicou o testemunho desta mulher sob o nome falso de "Laëtitia". Ela era então presidente de uma federação do movimento juvenil Nouveau Centro (Centro Novo), da qual o Abad, eurodeputado, foi presidente nacional. Ministro francês da Solidariedade, Damien Abad, durante evento em Paris Benoit Tessier/REUTERS Na noite dos acontecimentos, segundo seu relato, Damien Abad "ofereceu-lhe um copo" no fundo do qual ela viu "algo": desconfiada, foi cuspir no vaso sanitário. Ainda segundo ela, Abad estava à sua espera atrás da porta e tudo correu "muito depressa": o eurodeputado a teria "empurrado para um quarto em frente" e depois tentado forçá-la a fazer sexo oral. "Eu estava com medo, fiquei pasma. Lutei, bati no estômago dele", contou. "Laëtitia" diz que finalmente conseguiu "se livrar" de seu suposto agressor e deixou o quarto graças à irrupção de um convidado. De acordo com o Mediapart, os fatos relatados por esta mulher são "sustentados pelos testemunhos de oito pessoas, a quem confidenciou ou que presenciaram a história", e que o site alega ter contactado.

Segundo Moscou, presidente russo garantiu ao brasileiro que cumprirá com todas as suas obrigações para fornecer fertilizantes ao Brasil. Bolsonaro e Putin já haviam se falado no encontro do Brics, na semana passada. Reprodução O presidente Jair Bolsonaro e o líder russo, Vladimir Putin, falaram nesta segunda-feira (27) por telefone para discutir a crise global dos alimentos e o fornecimento de fertilizantes da Rússia ao Brasil, afirmou o Kremlin. Segundo o governo russo, Putin garantiu a Bolsonaro que cumprirá com "todos os seus compromissos para fornecer fertilizantes ao Brasil", segundo um comunicado. Leia também: EUA pedem que países os procurem se tiverem problemas com exportações de comida e fertilizantes da Rússia Saiba quanto o Brasil importa de fertilizantes da Rússia Cerca de 70% dos fertilizantes usados na agricultura brasileira vem do exterior, e a Rússia é a principal fornecedora do Brasil. Por isso, o temor a uma falta de fertilizantes no Brasil cresceu com o avanço da guerra na Ucrânia, que vem provocando uma crise global na distribuição de alimentos - principalmente porque Rússia e Ucrânia lideram as exportações de grãos para o mundo. Em 2021, 23% dos adubos ou fertilizantes químicos importados vieram da Rússia, aponta o levantamento do Comex Stat, do Ministério da Economia. São mais de 9,2 milhões de toneladas do produto. O Itamaraty ainda não se manifestou sobre o telefonema entre Putin e Bolsonaro.

Juiz conservador Clarence Thomas expôs defesa da revogação de precedentes que asseguram o acesso a contraceptivos e o casamento entre homossexuais Suprema Corte dos EUA derruba decisão que garantia direito ao aborto; entenda a mudança A derrubada do direito constitucional ao aborto pela Suprema Corte americana reforçou também o sentido da expressão “não há nada tão ruim que não possa piorar”. Os temores de que o tribunal, agora politizado em uma maioria conservadora, pode ir além de cassar um precedente em vigor há meio século ganharam intensidade com a opinião em separado, expressada pelo juiz Clarence Thomas: “Em casos futuros, devemos reconsiderar todos os precedentes substantivos do devido processo desta corte, incluindo Griswold, Lawrence e Obergefel”, escreveu o magistrado, considerado o mais conservador entre nove que integram a Suprema Corte. E outras palavras, os três precedentes citados por Thomas referem-se aos direitos de acesso a contraceptivos, garantida em 1965, ao sexo gay consensual, de 2003, e ao casamento entre pessoas do mesmo sexo, de 2015. Suprema Corte dos EUA expande direitos religiosos de funcionários públicos 3 decisões recentes da Suprema Corte dos EUA que mostram 'guinada conservadora' Por que a Suprema Corte decidiu relaxar o porte de armas nos EUA Nomeado pelo então presidente Bush pai, durante a audiência de confirmação, em 1991, ele se mostrou cauteloso sobre sua posição sobre a decisão Roe x Wade, que em 1973 estabeleceu o direito à interrupção da gravidez. Ao longo das últimas três décadas, no entanto, manifestou em suas sentenças, profundas convicções conservadoras. Aos 74 anos, ele encontrou agora o terreno fértil para sinalizar a anulação de outros direitos assegurados à população. A ameaça fez sentido 56% de entrevistados pela pesquisa NPR/PBS, preocupados com os outros alvos constitucionais. E foi corroborada pelos três juízes progressistas, agora em minoria no tribunal. O trio dissidente formado por Stephen Breyer, Sonia Sotomayor e Elena Kagan alertou sobre a vulnerabilidade de outras decisões tomadas pela corte e que estão vinculadas ao aborto. Manifestantes aparecem diante da Suprema Corte dos EUA Mary F. Calvert/REUTERS “Ninguém deve ter a certeza de que esta maioria terminou o seu trabalho”, atestaram os magistrados, apresentando um argumento básico: esses direitos fazem parte do mesmo tecido constitucional que protege a autonomia sobre decisões mais pessoais da vida. Há seis anos, a revogação da decisão Roe x Wade parecia improvável e soava como falácia. Tornou-se concreta a partir da nomeação de três juízes de raiz conservadora pelo então presidente Donald Trump para o mais alto tribunal do país. Um deles, a magistrada Amy Coney Barrett, foi ratificada pelo Senado republicano numa manobra orquestrada pelo líder da maioria republicana, Mitch McConnell, no apagar das luzes do mandato presidencial. O efeito nefasto dessa politização para o país teve início na semana passada. E, certamente, não deve parar aí.

Informações iniciais indicam que 16 pessoas morreram e 59 ficaram feridas, segundo autoridades ucranianas. Shopping ucraniano é visto sob chamas na cidade de Kremenchuk Mais de mil pessoas estavam em um shopping-center da cidade de Kremenchuk, na Ucrânia, quando o edifício foi atingido por mísseis russos nesta segunda-feira (27). Pelo menos 16 pessoas morreram, e 59 ficaram feridas, segundo dados dos Serviços de Emergência da Ucrânia. O governador local, Dmytro Lunin, confirmou o ataque. Compartilhe no WhatsApp Compartilhe no Telegram A cidade de Kremenchuk é uma cidade industrial de 217 mil habitantes (antes da invasão russa da Ucrânia em 24 de fevereiro) e fica no rio Dnipro, na região de Poltava, e é o local da maior refinaria de petróleo da Ucrânia O governador Lunin escreveu no Telegram que 21 pessoas foram hospitalizadas e 29 receberam primeiros socorros sem hospitalização. Kyrylo Tymoshenko, vice-chefe do gabinete do presidente Volodymyr Zelensky, disse que há feridos em estado grave após o ataque com mísseis na cidade de Kremenchuk. Segundo Zelensky, o shopping contava com mais de mil civis dentro das suas instalações. Shopping ucraniano na cidade de Kremenchuk após ação dos bombeiros Serviços de emergência da Ucrânia/Reprodução/via REUTERS O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky disse que "é impossível imaginar o número de vítimas" e ressaltou que o local não representava "nenhum perigo para o exército russo". "Sem valor estratégico. Apenas a tentativa das pessoas de viver uma vida normal, que tanto irrita os ocupantes", declarou Veja também Sanções levam Rússia a 1º calote de dívida externa desde 1918; Kremlin nega Guerra precisa terminar antes do fim do ano, diz Zelensky Shopping ucraniano na cidade de Kremenchuk após ação dos bombeiros Serviços de emergência da Ucrânia/Reprodução/via REUTERS Vadym Denysenko, conselheiro do Ministério do Interior da Ucrânia, disse que a Rússia poderia ter três motivos para o ataque. "O primeiro, sem dúvida, é semear o pânico, o segundo é... destruir nossa infraestrutura, e o terceiro é... aumentar as apostas para fazer com que o Ocidente civilizado volte a sentar-se à mesa para conversar", disse ele. A Rússia ainda não se pronunciou.

Dias após determinar o fim do direito constitucional ao aborto e aumentar o acesso às armas, magistrados deram decisão favorável a técnico de futebol americano suspenso por liderar rezas antes dos jogos. Manifestantes se reúnem do lado de fora da Suprema Corte em Washington contra proibição do direito constitucional ao aborto, em 24 de junho de 2022. Jacquelyn Martin/AP Dias após suspender o direito constitucional ao aborto nos Estados Unidos e de permitir a posse de armas em locais públicos no país, a Suprema Corte norte-americana expandiu nesta segunda-feira (27) os direitos religiosos de funcionários públicos. A nova sentença veio a partir de uma decisão sobre um técnico de um time de futebol americano de um colégio no estado de Washington. O profissional foi suspenso por liderar rezas antes do jogo com os jogadores de seu time, após uma série de pedidos da direção do colégio para que ele não realizasse o ritual. SANDRA COHEN: Não se iluda: depois do aborto, a Suprema Corte deve cassar outros direitos de americanos 3 decisões recentes da Suprema Corte dos EUA que mostram 'guinada conservadora' Por seis votos a três - o mesmo placar da votação que determinou o fim do direito constitucional ao aborto, na semana passada -, os juízes entenderam que o técnico Joseph Kennedy tem o direito de comandar as rezas com seu time. Kennedy havia processado seu time e, desde então, seu caso virou uma das bandeiras dos ativistas conservadores cristãos dos EUA. O colégio para o qual o técnico trabalha argumentou ter preocupações de que as rezas e discursos cristãos inflados dentro de uma escola pública poderia ter um efeito coercitivo para os estudantes, além de alegar que endossar uma religião viola a Primeira Emenda da Constituição do país. Suprema Corte dos EUA derruba decisão que garantia direito ao aborto; entenda a mudança A Corte, no entanto, entendeu ser um caso de proteção ao livre discurso e à proteção religiosa. "O respeito às expressões religiosas é indispensável para a vida em uma república livre e diversa, na qual essas expressões aconteceu em um santuário ou no campo, e onde quer que se manifestem através de um discurso falado ou uma cabeça curvada", escreveu o relator da decisão, o juiz conservador Neil Gorsuch.

Grupo russo assumiu a autoria dos ataques e disse que continuará a fazê-los enquanto houver divergências em Kaliningrado Visão do Parlamento da Lituânia exibindo as cores ucranianas nas suas paredes. Reprodução/Facebook/Seimas Instituições estatais e privadas da Lituânia foram atingidas por um ataque cibernético nesta segunda-feira (27), disse o Centro Nacional de Segurança Cibernética do país báltico em comunicado divulgado pelo Ministério da Defesa. "É muito provável que ataques de intensidade semelhante ou maior continuem nos próximos dias, especialmente nos setores de transporte, energia e financeiro", disse o centro. Redes seguras usadas por instituições estatais estão entre as afetadas, acrescentou. Presidente da Lituânia, Gitanas Nauseda, durante discurso em assembleia da Otan REUTERS O grupo hacker russo denominado como "Killnet " reivindicou a autoria dos ataques dizendo que foi em resposta à decisão de Vilnius de bloquear o trânsito de alguns bens sancionados pela União Europeia para o enclave russo de Kaliningrado. Entenda por que o trânsito de mercadorias pelo enclave de Kaliningrado aumenta tensão entre Rússia e Lituânia Rússia sobe o tom da ameaça contra Lituânia e acirra ainda mais tensão com Otan Um porta-voz do grupo confirmou à Reuters que ele estava por trás do ataque. Diversos vagões estão parados na região de Kaliningrado Vitaly Nevar/REUTERS Quando perguntado se o ataque foi uma retaliação por bloquear o trânsito de mercadorias para Kaliningrado, o porta-voz disse: "Sim", depois de confirmar que o grupo "demoliu" mais de 1600 recursos lituanos. Kaliningrado está ligada ao resto da Rússia por uma ligação ferroviária através da Lituânia, membro da UE e da OTAN.

Interrupção voluntária da gravidez sempre existiu, por meio de várias práticas. Mas aborteiras são personagens que aparecem raramente nos estudos porque é muito difícil encontrar registros para fazer recorte historiográfico, apontam especialistas. Foto mostra protesto pela manutenção do direito ao aborto nos EUA em 1992 Getty Images via BBC Engana-se quem pensa que o direito ao aborto é algo novo. Na realidade, a prática era comum na Antiguidade — e foi uma mistura de avanço científico com domínio religioso cristão em sociedades de patriarcado consolidado que fez com que, com o passar dos séculos, a interrupção voluntária da gravidez passasse a ser estigmatizada e, muitas vezes, proibida. 'Tinha 9 anos, não falava nem sorria': o caso de aborto na infância que chocou o Brasil há 13 anos "Essa história longa da questão do aborto é bastante complexa porque envolve questões societárias, culturais e religiosas, mas também o grau de conhecimento científico em relação a como se dá o processamento de um novo ser humano no corpo", explica a socióloga Maria José Rosado, professora da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) e presidente da organização Católicas pelo Direito de Decidir. "A questão do aborto sempre existiu, por meio de várias práticas. Mas as aborteiras são personagens que aparecem raramente nos estudos porque é muito difícil encontrar registros para fazer um recorte historiográfico", diz a historiadora Maíra Rosin, pesquisadora na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Entenda o que é o aborto legal e como ele é feito no Brasil Rosin ressalta que há relatos de mulheres "que praticavam abortos tanto para prostitutas como para outras mulheres que engravidavam fora do casamento". "Há todo um componente religioso e moral colocado ali, mais do que tudo a legislação do aborto está sempre colocada como forma a interferir no corpo da mulher", frisa ela. Tanto na Grécia como na Roma da Antiguidade, o aborto era visto como algo comum. A oposição à prática, quando havia, não se dava em defesa do embrião ou do feto, mas nos casos em que o pai argumentava que não queria ser privado do direito de um filho que julgava já ser seu. Vale ressaltar que eram sociedades em que a mulher era considerada propriedade de seu marido. Filósofo grego Aristóteles (384 a.C - 322 a.C) escreveu que 'quando os casais têm filhos em excesso, faça-se o aborto antes que o sentido e a vida comecem' Getty Images via BBC A possibilidade do aborto foi considerada inclusive por teóricos da época. O grego Aristóteles (384 a.C - 322 a.C) escreveu que "quando os casais têm filhos em excesso, faça-se o aborto antes que o sentido e a vida comecem". No seu entendimento, esse marco inicial da vida ocorreria de forma distinta no caso de meninos — a partir do quadragésimo dia da concepção — e de meninas — a partir do octogésimo dia. Religião Na Bíblia, também há indicações de que o aborto era praticado nas sociedades antigas do Oriente Médio. Há uma menção no Livro do Êxodo e, principalmente, uma passagem no Livro dos Números. Nesta, está a instrução do que fazer "quando a mulher de alguém se desviar, e transgredir contra ele". "De maneira que algum homem se tenha deitado com ela, e for oculto aos olhos de seu marido, e ela o tiver ocultado, havendo-se ela contaminado, e contra ela não houver testemunha, e no feito não for apanhada", enfatiza a passagem. O texto orienta a apresentar essa mulher a um sacerdote e detalha um ritual com "água santa". Muitos interpretam essa passagem como o entendimento de uma prática abortiva. Curioso é que, no princípio do cristianismo, a nova religião se apresentava como um porto seguro para mulheres que não queriam abortar, mesmo que estivessem gerando filhos de relacionamentos considerados ilícitos — em uma Roma onde a prática era disseminada. Foto mostra mulher grávida em protesto pelo direito ao aborto legal nos Estados Unidos em Seattle, Washington, na sexta-feira (24). Ela veste uma camiseta em que está escrito 'a decisão de ter esse bebê foi minha. Isso deveria ser verdade para todo mundo'. Stephen Brashear/AP "A questão religiosa foi sendo construída ao longo do tempo. O mundo antigo era um mundo onde o aborto e o infanticídio eram práticas muito comuns. Isso aparece nos filósofos gregos e no mundo romano", pontua o historiador, filósofo e teólogo Gerson Leite de Moraes, professor na Universidade Presbiteriana Mackenzie. "O cristianismo se apresenta como uma tentativa de acolher mulheres que não queriam abortar." "Na medida em que o cristianismo se aproxima e, depois, se apropria do Estado, a gente percebe que a visão cristã que antes era marginal passa a fazer prevalecer a visão contrária ao aborto", conclui Moraes. A camada teórica dessa discussão sempre foi a ideia de início da vida — ou, de forma religiosa, em que momento a alma seria colocada no novo ser. Para o mundo ocidental, na maior parte do tempo o consenso foi que isso ocorria em algum momento entre a semana 18 e a semana 20 da gravidez, justamente quando passa a ser possível perceber movimentações do feto no ventre materno. "Sobre a questão histórica, em que sociedade o aborto era aceito ou não, e como mudou, na verdade a história implica não só a cultura de sociedades tradicionais e antigas mas também o conhecimento, o que se sabia em épocas antigas a respeito do que seria uma gravidez", pontua a socióloga Rosado. Ela ressalta, por exemplo, que entre os indígenas pré-colombianos "não havia nenhuma restrição ao abortamento", e que a prática era "uma questão resolvida entre mulheres e, mais tarde, por parteiras que cuidavam, realizavam os abortos, muitos por meio de ervas, naturalmente, a partir de conhecimentos ancestrais". "O que aconteceu no Ocidente foi que a influência judaico-cristã se tornou muito forte, ao mesmo tempo em que se desenvolveu o domínio dos homens na sociedade, o patriarcado. Para nós, mulheres, a possibilidade de controlar aquilo que queremos ou não fazer com nossos corpos é fundamental", acrescenta a socióloga. Novo Mundo Em protesto nos EUA, pessoas seguram placas com os dizeres 'Pare o aborto agora' Getty Images via BBC Na América colonial, por exemplo, práticas de abortamento foram incorporadas mesmo por famílias de colonizadores. Em geral, contudo, era um tabu, mantido em segredo — seja por razões religiosas, seja pela moralidade, pois o procedimento costumava ser utilizado para interromper gravidezes oriundas de adultérios. No século 19, contudo, começaram a surgir leis específicas contra o aborto nos Estados Unidos. Em 1900, ali só era aceita a prática em casos de notório risco de vida para a mãe. Essas legislações ecoavam as discussões que vinham da Inglaterra, onde desde 1803 o aborto podia ser punido até mesmo com a pena de morte. Lá, o aborto em caso de risco de vida para a gestante só foi autorizado por lei a partir dos anos 1920. E se na Antiguidade mulheres procuraram refúgio no cristianismo para condenarem o aborto, na América do século 19, o incipiente feminismo foi a salvaguarda argumentativa para quem se posicionava contra a prática. A precursora da luta feminista Susan Brownell Anthony (1820-1906) considerava o aborto como "assassinato de crianças". A também ativista Alice Stokes Paul (1885-1977) classificou o aborto como "a exploração final das mulheres". O pano de fundo para essas visões é o mesmo que hoje condena o aborto, afinal: o prisma machismo da sociedade. Afinal, se o aborto era utilizado como uma tentativa de acobertar um adultério, como se a tal honra fosse maior do que o direito da mulher de ter aquele filho, as feministas precisavam lutar contra essa imposição. Hoje, se a criminalização do aborto impede que as mulheres exerçam o controle sobre seus corpos e tenham direito à escolha, as feministas entendem a necessidade de lutar pela liberação. "Em vários casos, não só no cristianismo, a principal causa para se criminalizar a prática não é a vida em questão, mas, na verdade, o poder dos homens", analisa a socióloga Rosado. "Porque aquilo que se desenvolvia no corpo feminino era considerado de alguma maneira propriedade dos homens. E, portanto, a mulher não poderia dispor desse ser que se desenvolvia sem o que o homem permitisse." Onda conservadora "O controle do corpo da mulher está sempre colocado em pauta, está sempre pressuposto. E o [direito ao] aborto é fundamental porque temos de ter o direito de decidir sobre nosso corpo", afirma a historiadora Rosin. "Uma mulher não é um hospedeiro, não é uma chocadeira." "Em última instância, [praticar ou não o aborto] essa é uma decisão da mulher, não deveria, um tema tão espinhoso e tão delicado, um tema como este não deveria ser politizado nesse nível", diz Moraes. O historiador demonstra preocupação porque "a onda conservadora que vemos nos Estados Unidos" tem "reflexos aqui, porque o Brasil é uma cópia malfeita do que acontece lá, uma espécie de puxadinho". "É um tema que inicialmente quem assumia uma posição muito clara era a Igreja Católica, mas que os evangélicos acabaram copiando esse modelo também. Determinados grupos encontraram no assunto um tema catalisador, que aglutina, faz com que vire uma bandeira. São grupos mais conservadores, mais radicais, fundamentalistas", explica Moraes. A surpreendente guinada de evangélicos sobre aborto após filme e reação feminista Especialistas se preocupam com os reflexos da onda conservadora dos Estados Unidos no Brasil Getty Images via BBC "É um aspecto de manifestação de uma onda conservadora muita forte e os grupos conservadores no Brasil copiam esses exemplos norte-americanos tentando cooptar pessoas para essa causa, demonizando quem é contrário", complementa ele. "E essas mesmas pessoas que assumem uma posição 'a favor da vida' são pessoas que defendem a pena de morte. Há contradições nesse sentido." Rosado acrescenta que "essa discussão sobre uma vida" a partir da concepção "é moderna, muito recente". "Ela se desenvolveu naquele setor mais conservador da sociedade, que passou a penalizar as mulheres, criminal e religiosamente, considerando o aborto um delito sujeito a pena ou um pecado sujeito a uma pena simbólica", diz a socióloga. Para a antropóloga Debora Diniz, professora na Universidade de Brasília (UnB), "nunca foi uma questão sobre um processo evolutivo da sociedade", mas sim um indicativo de "maior ou menor fragilização democrática desde que começamos a tratar de direitos das mulheres e direitos humanos". "Desde o momento em que temos Estado com suas próprias leis, [permitir ou não o aborto] é um sinal de estabilidade democrática e de proteção aos direitos fundamentais", defende a pesquisadora. "O que está ocorrendo nos Estados Unidos parece um contraprocesso histórico de direitos fundamentais, porque houve uma fragilização democrática no período do governo [Donald] Trump." Este texto foi originalmente publicado em https://www.bbc.com/portuguese/internacional-61950222

Na cúpula do G7, líder alemão afirma ser importante conversar com países que não se alinharam às sanções a Moscou. Convidados do encontro, Índia, África do Sul e Senegal se abstiveram de condenar a Rússia na ONU. Chanceler alemão, Olaf Scholz, durante sequência de fotos do evento entre líderes do G7 Markus Schreiber/Pool via REUTERS O chanceler federal da Alemanha, Olaf Scholz, alertou nesta segunda-feira (27) que o mundo "não pode cair na armadilha" do presidente da Rússia, Vladimir Putin, que afirma haver uma divisão entre os países ocidentais e o resto do mundo por causa da guerra na Ucrânia. "Em primeiro lugar, não devemos cair na armadilha de Putin de afirmar que o mundo está dividido entre o Ocidente global (...) e todos os outros", disse ele à emissora pública de TV alemã ZDF no castelo de Elmau, no sul da Alemanha, onde está sendo realizada a cúpula do G7. Líderes do G7, que participam de cúpula na Alemanha, fazem reunião por vídeoconferência com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, ao fundo, em 27 de junho de 2022 Benoit Tessier/ REUTERS "Existem democracias em todo o mundo, e elas têm perspectivas muito semelhantes", acrescentou, antes de argumentar que esse foi o motivo de a Alemanha ter convidado cinco países emergentes para a cúpula – Índia, Indonésia, África do Sul, Senegal e Argentina – cujos líderes participam do evento nesta segunda-feira. Três dessas nações não se posicionaram claramente em relação à invasão da Ucrânia pela Rússia. Índia, Senegal e África do Sul se abstiveram no começo de março na Assembleia Geral da ONU durante a votação que condenou a guerra. Chaceler alemão, Olaf Scholz, ao lado do presidente de Senegal, Macky Sall, durante encontro do G7 Ludovic Marin/Pool via REUTERS Scholz frisou ser importante conversar com esses países. "A guerra de agressão russa tem consequências para o mundo inteiro. Muitos países temem uma crise de fome, muitos temem um aumento maciço dos preços da energia", argumentou. "Temos que estar juntos em solidariedade. Também queremos mostrar essa solidariedade aqui", sublinhou Scholz. Cúpula do G20 Entretanto, o chanceler federal alemão não falou se planeja participar da cúpula do G20, agendada para novembro na Indonésia, dizendo que isso será resolvido "pouco antes do embarque". A Rússia, que faz parte do grupo, foi convidada para o encontro pelo país anfitrião, o que desagradou aos governos ocidentais. Chanceler alemão, Olaf Scholz, ao lado de Joko Widodo, presidente da Indonésia, no encontro do G7 Jonathan Ernst/REUTERS "Uma coisa é clara: o G20 deve continuar desempenhando um papel", ponderou Scholz, ressaltando que "há uma convicção comum de que não devemos torpedear o G20", que inclui importantes potências econômica. O presidente da Indonésia, Joko Widodo, é um dos convidados do G7, enquanto organizador da próxima cúpula do G20. Scholz destacou que, além de Putin, a Indonésia também convidou o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky. O chanceler enfatizou que ainda não está claro quem realmente participará da reunião. Russos fazem fila para tirar dinheiro após sanções de outros países por causa da guerra na Ucrânia Victor Berzkin/AP Photo Scholz voltou a defender sanções contra a Rússia, afirmando que elas contribuíram para que o país ficasse severamente enfraquecido. Ele disse, entretanto, que nenhum acordo conclusivo deve ser alcançado na cúpula do G7 sobre um embargo ao ouro exportado pela Rússia e que o assunto ainda precisa ser debatido na União Europeia. Também numa entrevista à TV alemã, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, não descartou sentar-se com Putin na cúpula do G20. "Também é importante dizer na cara dele o que pensamos dele", afirmou. Ela também se disse contra "paralisar" o G20 por causa da presença do presidente russo, afirmando que a cúpula é "importante demais para isso".

Governo russo vem afirmando que tem dinheiro para pagar, mas que as sanções impedem os detentores de títulos estrangeiros de receberem o dinheiro. Presidente da Rússia, Vladimir Putin, durante reunião em Moscou, em imagem de arquivo Sputnik/Mikhail Metzel/Pool via REUTERS A Rússia deu calote em seus títulos soberanos estrangeiros pela primeira vez em mais de um século, disse a Casa Branca, uma vez que as sanções abrangentes efetivamente excluíram o país do sistema financeiro global e tornaram seus ativos intocáveis. O Kremlin, que tem o dinheiro para fazer os pagamentos graças às receitas de petróleo e gás, rapidamente rejeitou as afirmações, e acusou o Ocidente de conduzir o país a um "default artificial". Uma autoridade norte-americana disse nesta segunda-feira que a inadimplência mostra quanto as sanções estão impactando a economia da Rússia. "A notícia desta manhã sobre a descoberta da inadimplência da Rússia, pela primeira vez em mais de um século, situa a força das ações que os EUA, juntamente com aliados e parceiros, tomaram, bem como o impacto na economia russa", disse uma a autoridade dos EUA durante a cúpula do G7 na Alemanha. Mais cedo, alguns detentores de títulos disseram que não haviam recebido juros vencidos nesta segunda-feira após o fim de um prazo importante de pagamento um dia antes, segundo a agência Reuters. A Rússia tem lutado para cumprir os pagamentos de US$ 40 bilhões em títulos em circulação desde sua invasão da Ucrânia em 24 de fevereiro, uma vez que as sanções abrangentes cortaram o país do sistema financeiro global e tornaram seus ativos intocáveis para muitos investidores. Rússia volta a bombardear Kiev O que diz o governo da Rússia O Kremlin rejeitou rapidamente as alegações de que deu calote e acusou o Ocidente. A Rússia vem afirmando que tem dinheiro para pagar, chamando o calote de artificial já que as sanções impedem os detentores de títulos estrangeiros de receberem o dinheiro. Em uma ligação com repórteres, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse que a Rússia fez os pagamentos de títulos com vencimento em maio, mas o fato de terem sido bloqueados pela Euroclear por causa das sanções ocidentais à Rússia "não é problema nosso". O Ministério das Finanças disse que "as ações dos intermediários financeiros estrangeiros estão além do controle" do governo russo", pedindo aos detentores de títulos estrangeiros que falem diretamente com aqueles que detêm os pagamentos. "O não recebimento de dinheiro pelos investidores não ocorreu devido à falta de pagamento, mas devido às ações de terceiros, o que não é explicitado diretamente como uma situação de inadimplência pela documentação da emissão", acrescentou o ministério. O Kremlin tem repetidamente dito que não há motivos para a Rússia dar calote, mas não pode enviar dinheiro aos detentores de títulos por causa das sanções, acusando o Ocidente de tentar levá-lo a uma inadimplência artificial. O presidente Vladimir Putin ordenou na semana passada que as obrigações da dívida sejam consideradas cumpridas uma vez efetuado um pagamento em rublos equivalente ao valor em divisas estrangeiras. Os detentores de títulos precisariam abrir uma conta em um banco russo para receber o pagamento. Os esforços da Rússia para evitar o que seria seu primeiro grande calote em títulos internacionais desde a revolução Bolchevique, em 1918, atingiram um problema intransponível no final de maio, quando o Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros do Departamento do Tesouro dos Estados Unidos efetivamente bloqueou Moscou de fazer pagamentos. "Desde março achávamos que um default russo seria provavelmente inevitável, e a questão era apenas quando", disse à Reuters Dennis Hranitzky, chefe de litigação soberana da empresa de direito Quinn Emanuel, antes do prazo de domingo. Um calote formal seria em grande parte simbólico, uma vez que a Rússia não pode tomar empréstimos internacionais no momento e não precisa fazê-lo graças às abundantes receitas de exportação de petróleo e gás. Mas o estigma provavelmente aumentará seus custos de empréstimo no futuro. Os pagamentos em questão são de 100 milhões de dólares em juros sobre dois títulos, um denominado em dólares e outro em euros, que a Rússia deveria pagar em 27 de maio. Os pagamentos tinham um período de carência de 30 dias, que expirou no domingo. O Ministério das Finanças da Rússia disse que fez os pagamentos ao seu Depósitário Nacional de Liquidação (NSD, na sigla em inglês) em euros e dólares, acrescentando que cumpriu com as obrigações. Sem prazo exato especificado no prospecto, advogados dizem que a Rússia pode ter até o final do dia útil seguinte para pagar os detentores dos títulos. Agências de classificação de crédito em geral rebaixam formalmente o rating de um país para refletir o calote, mas isso não se aplica no caso da Rússia já que a maioria das agências já não classificam mais o país. Em outro passo para ampliar as sanções a Moscou, o governo britânico disse no domingo que o Reino Unido, os Estados Unidos, o Japão e o Canadá proibirão novas importações de ouro russo. Líderes do G7 ‘alfinetam’ Vladimir Putin durante encontro

Ataque de 2015 deixou 130 vítimas fatais. Julgamento durou cerca de 10 meses. Seguranças aparecem na porta do tribunal onde foi julgado o atentado de 2015, em Paris Alain Jocard/AFP O julgamento dos atentados terroristas que mataram 130 pessoas em 13 de novembro de 2015 em Paris e Saint-Denis, na periferia da capital francesa, terminou nesta segunda-feira (27), após quase dez meses de processo. Os réus falaram pela última vez antes de se conhecer o veredicto, que deve ser anunciado na quarta-feira (29). O jihadista Salah Abdeslam, único integrante vivo do grupo que espalhou terror no Stade de France, em restaurantes da capital e na casa de espetáculos Bataclan, foi um dos últimos a falar perante o Tribunal Especial de Paris. "Eu reconheci que não sou perfeito, que cometi erros, é verdade, mas não sou um assassino, não sou um homicida", afirmou o francês de 32 anos. "Se vocês me condenarem por assassinato, estarão cometendo uma injustiça", acrescentou, antes de deixar a sala. Abdeslam pode ser condenado à prisão perpétua sem direito a liberdade condicional, a maior pena prevista pela justiça francesa. Nesta segunda-feira, Abdeslam pediu novamente desculpas aos sobreviventes e parentes das vítimas: "Alguns dirão que não são sinceras, que é uma estratégia (...) como se as desculpas pudessem ser insinceras diante de tanto sofrimento". Alguns familiares de vítimas e sobreviventes que assistiram ao julgamento notaram uma leve mudança de comportamento do jihadista ao longo dos dez meses de audiências. Outros acreditam que ele está apenas com medo, ao se dar conta de que pode passar o resto da vida na cadeia. Em seu primeiro interrogatório no início do ano, ele disse que era alvo de "calúnias" e declarou que "amava o Estado Islâmico". Equipe de resgate carrega um ferido perto da casa de espetáculos Bataclan, em Paris Christian Hartmann/Reuters Em meados de abril, ao longo de três dias de interrogatório, Abdeslam sustentou a versão de que iria detonar seu cinturão de explosivos em um bar do 18º distrito de Paris, mas que teria "desistido" da ação ao chegar ao local e ver muitos jovens que se pareciam com ele e se divertiam. "Você se arrepende de não ter tido coragem de ir até o fim?", perguntou na época Olivia Ronen, uma das advogadas do jihadista. "Não me arrependo, não matei aquelas pessoas e não morri", respondeu ele. Nessa audiência, ele pediu desculpas às vítimas pela primeira vez. "Arrependimentos" Durante as alegações finais, na última sexta-feira (24), os advogados do francês afirmaram que a prisão perpétua seria "uma pena de morte social" e uma sentença "excessiva". Eles destacaram o fato de Abdeslam ter desistido de explodir a carga presa ao seu corpo na noite dos ataques. Os outros réus também insistiram nos "arrependimentos" e "pedidos de desculpas". Alguns expressaram "condolências" às vítimas e agradeceram a seus advogados. Muitos afirmaram "confiar na justiça". França reforça segurança para julgamento dos acusados pelos atentados de Paris de 2015 Além da centena de mortos, os atentados de 13 de novembro deixaram mais de 400 feridos. Muitos sobreviventes assistiram ao julgamento em busca de explicações para o comportamento de selvageria dos extremistas islâmicos. Sentenças A audiência foi suspensa e será retomada nesta quarta-feira a partir das 17h (12h de Brasília), quando se espera o veredicto, anunciou o juiz Jean-Louis Périès, ao final do 148º dia do processo. As penas solicitadas contra os 20 acusados vão de cinco anos de prisão até prisão perpétua sem liberdade condicional para Abdeslam e dois ex-dirigentes do grupo Estado Islâmico, que são dados como mortos na região da Síria e Iraque. O plano dos atentados mais sangrentos da história da França foi executado por dez terroristas, nove deles suicidas. A maioria tinha 20 e poucos anos à época. Eles foram criados na França e na Bélgica e tinham retornado de campos de treinamento do grupo Estado Islâmico no Iraque e na Síria, que reivindicou a série de ataques. Na época, uma coalizão internacional lutava contra o grupo extremista nas áreas que tinham conquistado no Oriente Médio. Fugindo do conflito, milhares de sírios chegaram ao continente europeu.

Líder russo irá visitar o Tadjiquistão nesta terça-feira (28). Presidente da Rússia, Vladimir Putin, durante encontro online com países do BRICS Sputnik/Mikhail Metzel/Kremlin via REUTERS O presidente da Rússia, Vladimir Putin, vai fazer sua primeira viagem ao exterior desde o início da ofensiva contra a Ucrânia (no fim de fevereiro), com uma visita na terça-feira ao Tadjiquistão, uma ex-república soviética da Ásia central. "Está prevista para terça-feira uma visita de trabalho do presidente Putin ao Tadjiquistão", anunciou o porta-voz da presidência russa, Dmitri Peskov. O chefe de Estado russo também tem uma visita agendada para quarta-feira ao Turcomenistão para participar em uma reunião de cúpula dos países do Mar Cáspio. A última viagem ao exterior do presidente russo aconteceu em 4 e 5 de fevereiro, quando visitou a China para uma reunião com colega Xi Jinping por ocasião da cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Inverno. Pouco mais de duas semanas depois, ele determinou o início da operação de seu país na Ucrânia, após meses de tensão e apesar dos esforços diplomáticos para impedir um ataque de Moscou. Tanque russo circulando na cidade ucraniana de Mariupol Alexander Ermochenko/Reuters Desde então, Putin não fez nenhuma viagem, nem para visitar o aliado mais próximo, o presidente de Belarus, Alexander Lukashenko, que visitou diversas vezes a Rússia. Durante a pandemia de Covid, Putin permaneceu em uma bolha sanitária muito rígida e viajou apenas três vezes ao exterior entre fevereiro de 2020 e fevereiro de 2022. Em junho de 2021 ele se reuniu com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, em Genebra, com o primeiro-ministro indiano Narendra Modi em Nova Délhi em dezembro de 2021 e depois com Xi em Pequim em fevereiro de 2022.

Vinte e um adolescentes foram encontrados mortos no domingo (26) em uma discoteca da cidade de East London sem sinais de agressão. Polícia investiga mortes de jovens em bar na África do Sul As intrigantes mortes de 21 adolescentes dentro de uma discoteca na África do Sul podem ter sido causadas por algo que eles beberam, comeram ou fumaram, afirmaram nesta segunda-feira (27) os investigadores do caso. Os corpos foram encontrados na manhã de domingo (26) dentro da discoteca, que fica na cidade de East London, na costa sudeste da África do Sul. Segundo as equipes de busca, os 21 jovens, com idades entre 13 e 20 anos, estavam caídos sobre mesas e cadeiras do espaço. Inicialmente, as autoridades falaram em 22 corpos, mas, em um segundo balanço, atualizaram o número para 21. Mais de 20 jovens são encontrados mortos em casa noturna na África do Sul Stringer/Reuters As hipóteses de ingestão de alguma substância mortal são as principais linhas da investigação, que descartou que os jovens tenham morrido em decorrência de tumulto no local, que, como mostraram imagens em redes sociais, estava bastante cheio. "(A causa das mortes) é algo que eles ingeriram, o que apontaria para envenenamento, ou algo que inalaram", afirmou o porta-voz do departamento de segurança de Eastern Cape, que conduz as investigações, Unathi Binqose. Bingose disse que a hipótese de que eles teriam sido pisoteados em um tumulto foi descartada. Multidão acompanha retirada de ao menos 21 corpos de jovens encontrados dentro de bar em East London, na África do Sul, em 26 de junho de 2022. Reuters O caso chocou o país, onde episódios ligados ao excesso de bebida alcóolica, proibida para menores de 18 anos, são comuns. No domingo, (26), o presidente do país, Cyril Ramaphosa, enviou condolências às famílias. "Minhas condolências mais profundas vão às famílias dos 22 adolescentes que perderam suas vidas no bar em Scenery Park, em East London, no início desta manhã", declarou o presidente, em comunicado nas redes sociais. Já proprietário da discoteca Siyakhangela Ndevu, afirmou ao canal de televisão eNCA que também não sabe o que ocorreu e que recebeu um aviso para ir ao local apenas na manhã deste domingo (26). Leia também: Briga e incêndio deixam 18 mortos em discoteca na Indonésia Boate Kiss: veja principais momentos do julgamento

Presidente ucraniano deu 'ultimato' por videoconferência aos líderes do G7, que participam de cúpula na Alemanha, e disse que momento não é de negociação. Líderes do G7, que participam de cúpula na Alemanha, fazem reunião por vídeoconferência com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, ao fundo, em 27 de junho de 2022 Benoit Tessier/ REUTERS A guerra na Ucrânia precisa terminar até dezembro deste ano, quando começa o inverno europeu. O "ultimato" foi feito nesta segunda-feira (27) pelo presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, que teme recursos escassos para que a população local enfrente a estação mais fria do ano. Zelensky fez o apelo aos líderes do G7, o grupo de países mais ricos do mundo que estão reunidos na Alemanha para uma cúpula de três dias. O tema central da reunião, que acontece anualmente, é a guerra na Ucrânia. Participam da cúpula os líderes dos Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha, França, Itália, Canadá e Japão. Líderes do G7 ‘alfinetam’ Vladimir Putin durante encontro No encontro por vídeo, Zelensky disse ainda que o momento ainda não é oportuno para uma volta das negociações com Moscou, e que quer ganhar mais força antes de voltar a conversar com negociadores russos. 'Temos de mostrar a eles nossos peitorais': líderes do G7 fazem piada com Putin Cúpula do G7 começa com anúncio de corte na importação do ouro russo

Participantes confundiram barulhos, gerando correria e confusão, mas não houve feridos graves. Decisão de Suprema Corte sobre aborto, na semana passada, foi fortemente criticada no evento, o primeiro após dois anos de pandemia na cidade. Desfile do Orgulho LGTBQIA+ em Nova York teve tumulto por confusão entre fogos de artifício e tiros e protestos a favor do aborto, em 26 de junho de 2022. Reuters Centenas de pessoas reunidas no domingo em uma praça de Nova York para celebrar o Dia do Orgulho protagonizaram um tumulto depois que confundiram o som de fogos de artifício com tiros. "Não houve tiros em Washington Square Park. Após uma investigação determinamos que os sons eram fogos de artifício lançados do local", afirmou o Departamento de Polícia de Nova York no Twitter. A polícia informou à AFP que não registrou feridos graves na confusão, mas indicou que não tinha condições de determinar quantas pessoas sofreram algum tipo de lesão. Dezenas de milhares de pessoas compareceram no domingo à Parada do Orgulho LGBTQIA+, que percorreu as ruas de Lower Manhattan, em um ambiente festivo, apesar da sombra provocada pela decisão da Suprema Corte de suprimir o direito constitucional ao aborto, deixando para aos estados a tarefa de legislar sobre o tema. Os organizadores do evento afirmaram que a decisão da Suprema Corte sobre o aborto, que acabou com quase cinco décadas de proteção e liberdade de saúde reprodutiva, foi "devastadora". "Esta decisão perigosa coloca milhões em perigo, dá ao governo controle sobre nossa liberdade individual de escolha e estabelece um precedente perturbador que coloca em risco muitos outros direitos e liberdades constitucionais", afirmaram os organizadores. Muitos grupos de direitos humanos temem que a decisão de revogar o direito federal do aborto represente o início de uma pressão mais ampla da Suprema Corte, atualmente dominada por uma maioria conservadora, para restringir outras liberdades conquistadas nas últimas décadas, como direitos à contracepção ou o casamento entre pessoas do mesmo sexo.

Debate começou após divulgação de uma carta de parlamentares ligada ao ex-presidente Rafael Correa, que acusou Lasso de levar o país a uma 'grave crise política'. Nas últimas semanas, país registrou vários protestos contra a alta do preços dos combustíveis. Caravana chega a Quito para manifestações, em 15 de junho de 2022 Veronica Lombeida/ AFP O Congresso do Equador retomou neste domingo (26) o debate sobre o pedido de impeachment do presidente Guillermo Lasso. Lasso, presidente de direita, é acusado de responsabilidade pelos protestos indígenas que dominaram o país nas últimas duas semanas - em decorrência da alta no preço dos combustíveis. LEIA MAIS: Quem é Guillermo Lasso, o banqueiro conservador que derrotou oponente esquerdista Papa Francisco pede calma no Equador O debate foi retomado às 18h deste domingo (20h no horário de Brasília). No Equador, o impeachment do presidente exige 92 dos 137 apoios possíveis no Congresso. Após os debates, os deputados terão no máximo 72 horas para votar. Se aprovado, o poder seria assumido pelo vice-presidente Alfredo Borrero e eleições presidenciais e legislativas seriam convocadas para o restante do período (até 2025). No sábado, o debate teve a fala de 30 parlamentares contra e a favor do presidente, em sessão virtual. A oposição ao governo reuniu as 47 assinaturas necessárias para pedir a saída do presidente do poder. Presidente eleito do Equador, Guillermo Lasso, em foto de 12 de abril Luisa Gonzales/Arquivo/Reuters A discussão sobre o impeachment do presidente do Equador começou após a divulgação de um documento do partido União pela Esperança, ligada ao ex-presidente socialista Rafael Correa. Nele, a bancada acusou Lasso de levar o Equador a uma "grave crise política e comoção interna", que abala o país desde 13 de junho, com manifestações e bloqueios quase diários. "Vamos às eleições antecipadas, deixe Lasso ir para casa", gritou a deputada Pierina Correa, irmã do ex-presidente Rafael Correa. Lasso, ex-banqueiro que assumiu o cargo há um ano, não compareceu ao debate, mas nomeou seu secretário jurídico, Fabián Pozo, para ler sua defesa. "Os membros da assembleia (...) buscam desestabilizar a democracia", declarou Pozo. O movimento indígena e o governo realizaram uma primeira reaproximação no sábado, e horas depois Lasso encerrou o estado de exceção que vigorava em seis das 24 províncias do país com um robusto destacamento militar e toques de recolher noturnos. Mobilizações em Quito As manifestações em massa em Quito foram seguidas de confrontos com as forças de segurança, alimentados pela repressão policial. Segundo balanço de organizações de direitos humanos, na quinta-feira (23), três pessoas morreram e quase cem ficaram feridas nos protestos contra o aumento dos preços dos combustíveis. Manifestantes indígenas montaram bloqueios em Quito Veronica Lombeida/AFP De acordo com balanço da agência AFP, só na capital, cerca de 10 mil indígenas protestaram ao grito de "Fora Lasso, fora!". Em relação as manifestações, o presidente equatoriano atribuiu o caos gerado ao líder dos protestos, Leonidas Iza, presidente da poderosa Confederação de Nacionalidades Indígenas do Equador (Conaie). "Aqui não tem lutador social, aqui tem um anarquista (...) que quer derrubar um governo", disse o presidente em entrevista à CNN no sábado.

Número total de feridos ainda é incerto. Acidente aconteceu em uma praça de touros improvisada em Tolima. Arquibancada desaba e deixa mortos e feridos na Colômbia Pelo menos 5 pessoas morreram e outras ficaram feridas depois que uma arquibancada desabou neste domingo (26) durante uma tourada em Tolima, na Colômbia. Ainda não se sabe o número total de vítimas, e a imprensa colombiana cita números diferentes de feridos. O jornal El Tiempo, que menciona autoridades locais, diz que são 500 feridos. Já a rádio Caracol diz que são pelo menos 60. O acidente aconteceu durante um evento tradicional de São Pedro, quando o público é incentivado a entrar na arena com os touros. Segundo a imprensa local, um touro escapou do estádio e causou pânico no município. O touro que fazia parte da apresentação ainda não foi pego e está causando pânico nas ruas do Espinal. O município decretou alerta amarelo para poder atender a emergência em tempo hábil. Em entrevista à rádio Caracol, o diretor da Defesa Civil, major Luis Fernando Vélez, disse que um grupo de voluntários está se preparando para apoiar os esforços de resgate. Desabamento de arquibancada deixa mortos e centenas de feridos em Tolima, na Colômbia Reprodução Na redes sociais, o presidente eleito da Colômbia Gustavo Petro lamentou o acidente. "Espero que todas as pessoas afetadas pelo desabamento consigam se recuperar. Isso já havia acontecido antes em Sincelejo. Peço aos prefeitos que não autorizem mais shows com a morte de pessoas ou animais", escreveu o presidente eleito.

Eventos simultâneos aconteceram em diversas partes do mundo neste sábado (25). Em Oslo, a Parada foi cancelada após um ataque a tiros na véspera; em Istambul, o evento foi proibido. Orgulho LGBTQIA+ no mundo: ucranianos e poloneses se reúnem; Turquia proíbe manifestações Pessoas do mundo inteiro foram às ruas neste sábado (26) para participarem da Parada do Orgulho LGBTQ+ após dois anos sem o evento por causa da pandemia de Covid. Em diversos lugares, como La Paz (Bolívia), Cidade da Guatemala (Guatemala), Sydney (Austrália), Lima (Peru) e Campinas (SP), o evento ocorreu sem maiores problemas. Em Oslo (Noruega), o evento foi cancelado após um ataque a tiros que deixou mortos e feridos em um bar gay da capital na sexta-feira (24). Em Istambul, a polícia turca impediu que centenas de pessoas se reunissem para a parada e fez dezenas de prisões após as autoridades locais proibirem a realização do evento. Pessoas se reúnem para formar a bandeira da Parada do Orgulho LGBTQ+ em Sydney REUTERS/Loren Elliott Parada do Orgulho LGBTQ+ na Cidade da Guatemala REUTERS/Sandra Sebastian Parada do Orgulho LGBTQ+ em La Paz REUTERS/Claudia Morales Parada do Orgulho LGBTQ+ em Lima REUTERS/Sebastian Castaneda Participantes da Parada do Orgulho LGBTQ+ na Cidade do México REUTERS/Quetzalli Nicte-Ha Participantes da Parada do Orgulho LGBTQ+ em San Salvador REUTERS/Jose Cabezas

O maior congresso de oncologia do mundo trouxe avanços importantes que, na avaliação dos médicos, vão modificar a forma como se lida com alguns tipos de tumores. Tratamento de alguns tumores está passando por uma verdadeira revolução nos últimos dez anos Getty Images/BBC Todos os anos, dezenas de milhares de médicos de várias partes do mundo se reúnem na cidade de Chicago, nos Estados Unidos, para conhecer as últimas novidades no diagnóstico e tratamento do câncer. Em 2022, as novidades apresentadas no Encontro da Sociedade Americana de Oncologia Clínica deixaram médicos e pacientes especialmente esperançosos. Na avaliação dos especialistas, as pesquisas divulgadas nesta edição trazem avanços importantes que mudam a perspectiva do combate a diversos tipos de tumores. Entenda a seguir o que os principais avanços anunciados agora podem significar para o tratamento do câncer. Câncer de mama: remédio beneficia um número bem maior de pacientes O remédio trastuzumabe é utilizado no tratamento do câncer de mama há décadas. Porém, apesar dos bons resultados, sempre teve uma limitação: só podia ser prescrito para pacientes com tumores que expressam bastante um gene chamado HER2, algo checado por meio de um exame. Mas isso agora mudou: uma das grandes novidades do congresso foram os resultados do estudo sobre a droga trastuzumabe deruxtecan. "Assistimos à chegada de um remédio revolucionário", diz o médico oncologista Romualdo Barroso, coordenador de pesquisa no Hospital Sírio-Libanês em Brasília. "Depois de muitos anos sem grandes novidades, temos uma nova opção terapêutica que aumenta a sobrevida (mais tempo de vida) das pacientes." Segundo Barroso, o novo remédio funciona como um cavalo de Troia (ou seja, ele parece ser uma coisa, mas funciona como outra). O trastuzumabe é um anticorpo monoclonal, um tipo de remédio que pode ser usado tanto para prevenir quanto para tratar doenças. No caso do câncer de mama, ele se liga aos receptores que estão na superfície das células cancerosas. Isso tem dois efeitos principais. O primeiro deles é "chamar a atenção" do sistema imunológico, que passa a enxergar o câncer como uma ameaça e dispara uma série de ações para combatê-lo. O segundo é permitir que o deruxtecan (a segunda parte do medicamento) "invada" as células doentes. Ele é um remédio quimioterápico potente, que destrói o tumor de dentro pra fora. Anticorpos monoclonais são fabricados em laboratório para 'grudar' na superfície dos tumores e disparar um contra-ataque Getty Images/BBC Mas a novidade vai além do funcionamento: o novo remédio funciona bem até em pacientes com tumores que expressam menos o gene HER2. Isso significa na prática que mais pessoas que pode se beneficiar desse remédio. Quase sete em cada dez pacientes, estima Barroso. O medicamento, que é aplicado na veia a cada 21 dias, ainda depende da aprovação das agências regulatórias para ser usado nos hospitais. Num primeiro momento, poderá ser empregado como uma segunda linha de tratamento, ou seja, quando as primeiras opções falharam e a doença se espalhou para outras partes do corpo (processo conhecido como metástase). Segundo Barroso, é provável que, ao longo do tempo, se torne uma opção também para tumores em fases iniciais. Mas Barroso lamenta que os tratamentos mais modernos contra o câncer não cheguem direito à rede pública de saúde (SUS) no Brasil. "Quem tem convênio até consegue obter as medicações endovenosas [aplicadas na veia], mas os 80% de pacientes que dependem do SUS não têm acesso", aponta. "Há um abismo entre o que é oferecido nas redes pública e privada." Câncer de reto: medicamento com resultados surpreendentes (até para médicos) Imagine um medicamento que consegue fazer uma doença desaparecer em todos os pacientes do estudo realizado para analisar se ele funciona ou não. Naturalmente, um resultado positivo desses chama atenção de quem não é especialista da área. "Mas, mesmo para nós, médicos, é muito surpreendente", diz a oncologista Rachel Riechelmann, diretora do Departamento de Oncologia Clínica do A.C. Camargo Cancer Center, em São Paulo. Foi exatamente o que aconteceu em um teste do dostarlimabe para o tratamento de câncer de reto (o trecho final do intestino). Ele já é usado para outros tumores, como os que afetam o endométrio (tecido que recobre o útero). O dostarlimabe faz parte da classe das imunoterapias, que estimulam o sistema imune a atacar o tumor. A pesquisa envolveu 12 pacientes que foram acompanhados por seis meses. Ao final, todos não tinham mais qualquer evidência de tumor no organismo. Isso evitou que precisassem partir para tratamentos mais agressivos, como cirurgia, radioterapia ou quimioterapia. Tumores que aparecem no reto eram tratados com cirurgia, radioterapia ou químio Getty Images/BBC Embora o resultado seja impressionante, é preciso fazer algumas ponderações. A primeira tem a ver com o tempo de acompanhamento. "Os seis meses de avaliação são um período curto. Pode ser que a doença reapareça em alguns anos depois", analisa Riechelmann. Em segundo lugar, o dostarlimabe só funciona em um grupo restrito de pacientes que têm tumores que apresentam uma característica descrita como "instabilidade de microssatélites". Estima-se que cerca de 1% dos casos de câncer de reto se encaixam nesse critério. Enquanto o remédio não é aprovado para o novo uso, as pesquisas continuam, até para saber por quanto tempo os pacientes realmente vivem sem esse tumor. "Mas os resultados iniciais foram tão bons que nem faz mais sentido comparar essa imunoterapia com o que era usado antes, como químio e radioterapia", diz Riechelmann. "É um tratamento que se mostrou melhor e menos tóxico", conclui. Câncer colorretal: exame evita quimioterapia desnecessária Geralmente, congressos internacionais de oncologia trazem avanços relacionados a novas ferramentas, métodos de diagnóstico e, claro, medicamentos. Porém, neste ano, um trabalho sobre câncer colorretal (que afeta partes do intestino grosso) recebeu destaque justamente por seguir no caminho contrário: reduzir o número de intervenções às quais o paciente precisa se submeter. Um grupo de pesquisadores de instituições australianas avaliou um exame que detecta pedacinhos de DNA do tumor que aparecem na circulação sanguínea. O método é conhecido como "biópsia líquida". Mas o que isso tem a ver com o câncer colorretal? Pacientes diagnosticados com essa doença geralmente passam por uma cirurgia para remover a parte afetada do intestino. Após a recuperação, porém, o médico fica sempre em dúvida se restou alguma parte do tumor, mesmo que microscópica, no organismo do paciente. Caso tenha sobrado, a doença pode voltar a crescer e até se espalhar pelo corpo. Por via das dúvidas, muitas pessoas são submetidas a uma quimioterapia após a cirurgia para eliminar qualquer célula tumoral que tenha ficado pelo caminho. Isso diminui o risco de recidivas, mas submete os pacientes a uma terapia pesada, que pode ter efeitos colaterais. É aí que entra o novo exame: ao detectar os pedacinhos de DNA do tumor, determina quem realmente precisa da segunda rodada de tratamento. "Se o resultado da biópsia líquida der positivo, ele vai pra químio. Se der negativo, não precisa", resume o oncologista Rodrigo Dienstmann, diretor médico do Oncoclínicas Precision Medicine, em São Paulo. A biópsia líquida ajudará a guiar futuros tratamentos contra o câncer, apontam médicos Getty Images/BBC No estudo que validou a técnica, 455 voluntários foram divididos em dois grupos. Os primeiros 302 fizeram a biópsia líquida logo após a cirurgia. Com os 153 restantes, o médico decidiu se partia ou não para a químio. "Naqueles que fizeram biópsia líquida, 15% foram para a químio depois. Nos demais, 28%", informa Dienstmann. "Ou seja: foi possível reduzir a aplicação de quimioterápicos pela metade e obter o mesmo resultado de sobrevida dos pacientes", compara. "A biópsia líquida tem um potencial revolucionário", analisa o médico. Câncer de pâncreas: esperança de tratamento de sucesso O adenocarcinoma de pâncreas talvez figure no topo da lista de tumores com pior prognóstico. "Esse câncer tem uma mortalidade altíssima. Cerca de 90% dos pacientes não sobrevivem por cinco anos, mesmo quando o diagnóstico é precoce", diz o médico Paulo Hoff, presidente da Oncologia D'Or. Nos últimos dez anos, as mudanças no tratamento desta doença se resumiram à chegada de novos quimioterápicos — os avanços relacionados aos remédios mais modernos e menos agressivos, como os imunoterápicos e os anticorpos monoclonais, não chegaram a beneficiar no caso desta doença que acomete o pâncreas. Mas uma nova possibilidade se abriu: durante o congresso americano de oncologia deste ano, foram apresentados os primeiros testes que utilizam um método chamado CAR-T Cells contra esse tipo de câncer. O câncer de pâncreas costuma ser agressivo e tem poucas opções de tratamento mais modernas Getty Images/BBC O recurso terapêutico, já aprovado contra alguns tumores do sangue (como linfomas, leucemias e mieloma múltiplo), consiste em extrair células imunológicas do próprio paciente, modificá-las em laboratório e reintroduzi-las no organismo, para que reconheçam e ataquem o tumor. Segundo o que foi apresentado no congresso, as CAR-T Cells foram testadas em um paciente com câncer de pâncreas nos Estados Unidos. Os resultados iniciais foram positivos. "Embora o uso dessa terapia contra o adenocarcinoma de pâncreas seja extremamente interessante, não é algo que estará disponível em nossas clínicas amanhã", pondera Hoff, que é professor de Oncologia Clínica da Universidade de São Paulo. "Há um longo trajeto a ser percorrido, mas ao menos agora temos uma esperança de que podemos estar no caminho certo." - Texto originalmente publicado em https://www.bbc.com/portuguese/geral-61839292

Nos últimos anos, o governo do presidente Erdogan endureceu a postura em relação à comunidade LGBTQIA+. Em Istambul, policiais impediram o acesso praças e bloquearam ruas Dilara Senkaya/Reuters A polícia turca impediu que centenas de pessoas se reunissem para a parada anual do Orgulho LGBTQIA+ em Istambul, na Turquia, neste domingo (26), e fez dezenas de prisões após as autoridades locais proibirem a realização da manifestação novamente neste ano. ENTENDA LGBTQIA+: Saiba o que significa cada sigla Milhares de pessoas compareciam às Paradas do Orgulho LGBTQIA+ na avenida Istiklal, principal de Istambul, mas nos últimos anos, o governo liderado pelo presidente Tayyip Erdogan e seu Partido de raízes islâmicas AK endureceu a postura em relação à comunidade LGBTQIA+. Presidente turco, Tayyip Erdogan, durante coletiva da Otan em maio de 2022 Yves Herman/REUTERS A homossexualidade não é crime na Turquia, mas a hostilidade em relação à comunidade é generalizada, e a repressão policial às suas manifestações tem sido cada vez mais dura ao longo dos anos. No domingo (26), policiais da tropa de choque impediram o acesso à Praça Taksim e bloquearam muitas ruas no bairro de Cihangir, onde pessoas tentavam se reunir. O transporte público na região também foi suspenso. Manifestante na Parada do Orgulho em Istambul Dilara Senkaya/Reuters As autoridades locais no distrito de Beyoglu proibiram os eventos da Semana do Orgulho, entre 20 e 26 de junho, dizendo que eles poderiam levar a distúrbios públicos por conta das sensibilidades da sociedade. Pequenos grupos de pessoas portando bandeiras com as cores do arco-íris se reuniram brevemente onde puderam no domingo e entoaram slogans antes que a polícia os dispersasse e os perseguisse pelas ruas, detendo alguns à força.

Embarcação da Marinha dos EUA afundou em batalha decisiva contra Exército Imperial Japonês no Mar das Filipinas durante Segunda Guerra Mundial. BBC: USS Samuel B Roberts tinha três tubos de torpedo CALADAN OCEANIC/EYOS EXPEDTIONS Uma equipe de exploração dos Estados Unidos conseguiu localizar os destroços naufragados de um destróier da Marinha dos EUA atingido pelos militares japoneses durante a Segunda Guerra Mundial. O naufrágio é considerado o mais profundo já encontrado. O USS Samuel B Roberts afundou durante a Batalha de Samar no Mar das Filipinas em outubro de 1944. Está localizado a 6.895 metros abaixo da superfície. O financista e aventureiro do Texas Victor Vescovo usou seu próprio submersível em alto mar para descobrir o "Sammy B" danificado, mas quase intacto. O navio é famoso por sua heroica derradeira resistência contra os japoneses. BBC: Victor Vescovo, investidor privado, fez descoberta BBC Um defensor 'heroico' Superado em número e em armas, o USS Samuel B Roberts conseguiu adiar e frustrar vários navios inimigos antes de afundar. Da tripulação de 224 homens, 89 perderam a vida. Os 120 restantes sobreviveram agarrados a botes salva-vidas por mais de 50 horas. Vescovo, que também é reservista da Marinha americana, disse que foi uma honra extraordinária ter localizado o navio e, ao fazê-lo, ter a oportunidade de recontar sua história de heroísmo. "Gostamos de dizer que "o aço não mente" e que os restos desses navios são as últimas testemunhas dessas batalhas", disse ele à BBC News. "O Sammy B enfrentou cruzadores pesados japoneses à queima-roupa e disparou tão rápido que ficou sem munição — chegou a disparar granadas de fumaça e sinalizadores apenas para tentar provocar incêndios nos navios japoneses e continuou atirando. Um ato de heroísmo extraordinário. Aqueles homens, lado a lado, lutavam até a morte. BBC: USS Samuel B Roberts antes de naufragar MARINHA DOS EUA 'Cicatrizes de guerra' Nas imagens captadas pelo submarino, chamado de Limiting Factor, é possível ver a estrutura do casco, armas e tubos para torpedos. O Sammy B tem buracos de balas japonesas e há evidências de um forte impacto em sua popa. Equipe teve que fazer muitas pesquisas preliminares da área antes de encontrar navio CALADAN OCEANIC/EYOS EXPEDTIONS Devido à sua aparência corrugada, parece que foi a proa do navio que se chocou diretamente com fundo do mar. Para se ter ideia da profundidade do local onde o barco está, 98% dos leitos oceânicos têm menos de 6 mil metros de profundidade. Apenas alguns lugares nas grandes trincheiras tectônicas atingem profundidades superiores a esse patamar. A Batalha de Samar, parte da Batalha do Golfo de Leyte, foi um evento feroz na história contemporânea. O conflito acabou resultando na retirada das forças imperiais japonesas. Vários navios acabaram perdidos nas profundezas do oceano. No ano passado, Vescovo conseguiu encontrar o destróier USS Johnston a uma profundidade de 6.460 metros. BBC: Primeiras imagens de radar mostram USS Samuel B Roberts CALADAN OCEANIC/EYOS EXPEDTIONS Outros destroços É possível que existam outros em profundidades maiores do que o Sammy B ou o Johnston. "Há dois outros navios americanos desaparecidos: o USS Gambier Bay (porta-aviões) e o USS Hoel (destróier)", diz Kelvin Murray, da EYOS, a empresa que organizou e liderou a expedição Vescovo. "Temos registros históricos indicando lugares onde eles poderiam ter afundado. Procuramos por Gambier Bay, mas esse trabalho de detetive e todo esse tipo de operação em alto mar nunca foi feito antes. Não quero usar a expressão 'agulha no palheiro', porque há muita pesquisa por trás disso procurando reduzir o tamanho desse 'palheiro'. Mas há uma certa dose de sorte envolvida." Vescovo foi a primeira pessoa a visitar os pontos mais profundos dos cinco oceanos do planeta. Ele também escalou os picos mais altos em todos os sete continentes e recentemente foi ao espaço no New Shepard, o sistema de foguetes e cápsulas desenvolvido pelo fundador da Amazon, Jeff Bezos. 'Este texto foi originalmente publicado em https://www.bbc.com/portuguese/internacional-61945224'

Pontífice fala sobre conflito entre indígenas e governo no país durante oração dominical Angelus. Papa Francisco na janela do Vaticano, em discurso no qual pediu calma no Equador, em 26 de junho de 2022. Vaticano via Reuters O papa Francisco pediu neste domingo (26) calma no Equador, atormentado desde 13 de junho por violentas manifestações indígenas contra o governo, que questionam principalmente o custo de vida no país. O religioso também prestou homenagem a uma freira morta no Haiti. "Acompanho com preocupação o que está acontecendo no Equador", declarou o papa logo após sua tradicional oração dominical do Angelus, pronunciada de sua janela com vista para a Praça de São Pedro. "Eu encorajo todas as partes a abandonarem a violência e as posições extremistas. Vamos aprender que a paz social só pode ser encontrada por meio do diálogo, e espero que em breve", acrescentou Francisco. O pontífice de 85 anos desejou uma atenção especial às "populações marginalizadas e mais pobres, mas sempre com respeito pelos direitos de todos e pelas instituições do país". A Assembleia Nacional do Equador iniciou um debate sobre o possível impeachment do presidente Guillermo Lasso, já que pelo menos cinco pessoas foram mortas e centenas ficaram feridas desde o início das manifestações. . VÍDEO: Papa Francisco faz crítica direta a Putin pela primeira vez Irmã Luisa Dell'Orto O Papa Francisco também relatou a morte de uma freira italiana, Irmã Luisa Dell'Orto, comentando que ela foi assassinada neste sábado (25) no Haiti, na capital Porto Príncipe. Ela "viveu lá durante 20 anos, dedicando-se sobretudo a serviço das crianças de rua", explicou. “Confio sua alma a Deus e rezo pelos haitianos, especialmente pelos mais jovens, para que possam ter um futuro mais pacífico, sem miséria e violência”, continuou o Papa, acrescentando que a freira “fez de sua vida uma doação para os outros até o martírio". Francisco também pediu aos que o ouvem que não esqueçam a guerra na Ucrânia. Leia também: Papa Francisco recebe cocar de bispos do Amazonas Vaticano publica os arquivos de judeus que pediram ajuda para fugir do Holocausto durante a Segunda Guerra

Assessoria de imprensa de Charles informou que doações do xeque Hamad bin Jassim, ex-primeiro-ministro do Catar, foram passadas imediatamente para uma das instituições de caridade do príncipe e 'todos os processos adequados foram seguidos'. Segundo o Sunday Times, o príncipe Charles recebeu pessoalmente três doações em dinheiro do ex-primeiro-ministro entre 2011 e 2015. BBC O príncipe Charles, herdeiro do trono britânico, aceitou uma mala contendo 1 milhão de euros (R$ 5,54 milhões) em dinheiro de um ex-primeiro-ministro do Catar, informou o jornal Sunday Times neste domingo (26). Compartilhe esta notícia pelo Whatsapp Compartilhe esta notícia pelo Telegram Segundo o diário, essa foi uma das três doações em dinheiro do xeque Hamad bin Jassim. Juntas, elas totalizaram 3 milhões de euros (R$ 16,6 milhões). A assessoria de imprensa de Charles informou que as doações do xeque foram passadas imediatamente para uma das instituições de caridade do príncipe e todos os "processos adequados foram seguidos". Não há nenhuma indicação de que os pagamentos foram ilegais. Segundo o Sunday Times, o príncipe Charles recebeu pessoalmente as três doações em dinheiro do ex-primeiro-ministro entre 2011 e 2015. Leia também: Escândalos familiares, crises e saúde: relembre polêmicas do reinado de Elizabeth II A transição silenciosa que começou no Reino Unido entre rainha Elizabeth II e príncipe Charles Em uma ocasião, diz o diário, o dinheiro foi entregue em uma bolsa em uma reunião na Clarence House, a residência oficial do herdeiro do trono britânico. Em outra, o dinheiro estava contido em sacolas da loja de departamentos Fortnum and Mason, acrescentou o jornal. "As doações de caridade recebidas do xeque Hamad bin Jassim foram passadas imediatamente para uma das instituições de caridade do príncipe, que realizou a governança apropriada e nos garantiu que todos os processos adequados foram seguidos", informou a assessoria de imprensa de Charles por meio de um comunicado. O dinheiro foi recebido pelo Prince of Wales's Charitable Fund, instituição de caridade de Charles, cuja diretriz é "transformar vidas e construir comunidades sustentáveis". O fundo concede doações a boas causas em áreas como preservação, educação, saúde e inclusão social. A entidade disse ao Sunday Times que seus administradores concluíram que o doador era legítimo e que seus auditores haviam aprovado a doação. Doações para ONGs mantidas pelo príncipe Charles estão sob escrutínio nos últimos meses após alegações de que uma delas ofereceu ajuda a um doador saudita para ele pudesse obter cidadania bem como uma condecoração do Reino Unido. A Polícia Metropolitana informou no início deste ano que está investigando as alegações. A fundação estaria oferecendo "cooperação total" com as autoridades, e a Clarence House disse que o príncipe Charles não tinha conhecimento da suposta oferta de condecorações ou cidadania com base em doação para suas instituições de caridade. Michael Fawcett, ex-manobrista do príncipe e executivo-chefe da fundação, renunciou em novembro, enquanto a instituição de caridade investigava as acusações. Investigadores descobriram que ele combinou com outras pessoas a concessão de uma condecoração honorária para o empresário bilionário Mahfouz Marei Mubarak bin Mahfouz, que nega qualquer irregularidade. Mas a polícia concluiu que não havia evidências de que os administradores da fundação estivessem cientes do que aconteceu.

Em cúpula anual na Alemanha, presidentes e primeiros-ministros das nações mais ricas do mundo se referem com ironia a fotos de presidente russo andando à cavalo sem camisa. Guerra na Ucrânia é tema central do encontro. Líderes do G7 ‘alfinetam’ Vladimir Putin durante encontro Em tom de piada, líderes reunidos na Cúpula do G7 na Alemanha, ironizaram neste domingo (26) as imagens do presidente russo, Vladimir Putin, sem camisa tiradas ao longo de anos e divulgadas oficialmente. Durante encontro no qual a guerra na Ucrânia é o principal assunto, os líderes brincaram sobre poses que pudessem fazer com que parecerem "mais durões" que Putin. Joe Biden (EUA), Boris Johnson (Reino Unido), Fumio Kishida (Japão), Ursula von der Leyen (Comissão Europeia), Charles Michel (Conselho Europeu), Mario Draghi (Itália), Justin Trudeau (Canadá), Emmanuel Macron (França) e Olaf Scholz (Alemanha) riem em mesa de trabalho da cúpula do G7 na Alemanha, em 26 de junho de 2022. John MacDougall via AP Ao chegar à mesa de trabalho, o primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, questionou os colegas se deveria manter o terno ou tirar. Em tom de brincadeira: "Temos de mostrar que somos mais durões que Putin". Diante da brincadeira, o primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, completou: "vamos andar à cavalo com o peito nu". Imagem de 2012 mostra o presidente russo andando à cavalo sem camisa. Foto foi divulgada pelo Kremlin. Kremlin via Reuters Os líderes ocidentais se referiam à fotos frequentemente divulgadas pelo Kremlin de Vladimir Putin sem camisa, o que, segundo especialistas, faz parte de estratégia para mostrar imagem de força. Putin se deixa fotografar frequentemente sem camisa, o que especialistas veem como parte da estratégia para passar adiante a imagem de saúde e força Getty Images Guerra, fome, mudanças climáticas: O que esperar da cúpula do G7 Cúpula do G7 começa com anúncio de corte na importação do ouro russo Putin pede aos Brics mais cooperação contra 'ações egoístas' ocidentais A guerra na Ucrânia será o principal assunto da cúpula do G7, que começou neste domingo (26) e vai até terça-feira (28). Desde que começou, em 24 de fevereiro, o conflito vem tensionando ainda mais as relações da Rússia com o Ocidente. Putin já chegou a ameaçar qualquer país que interferisse na guerra com "resposta fulminante", em referência aos envios de armas constantes dos Estados Unidos e de países ocidentais às tropas ucranianas. Na abertura da cúpula, os líderes anunciaram que banirão a importação de ouro vindo da Rússia, aumentando assim as sanções que os países vêm aplicando a Moscou desde o início da invasão russa à Ucrânia.

Pessoas se esconderam no porão do estabelecimento enquanto atirador disparava contra clientes. Duas morreram e 21 ficaram feridas. Vítimas foram homenageadas após o ataque EPA Um homem de 42 anos foi preso e acusado de homicídio, tentativa de homicídio e atos terroristas após um tiroteio no centro da capital da Noruega, Oslo. Duas pessoas morreram e 21 ficaram feridas, 10 delas em estado grave, em um bairro de vida noturna agitada na madrugada de sábado (25/6), no horário local. A polícia disse que considera o ataque um ato de terrorismo islâmico. As vítimas foram baleadas dentro e fora do London Pub, um popular bar LGBTQ+, e perto do clube de jazz Herr Nilsen e de outro pub. O tiroteio começou por volta da 1h15 no horário local (20h15 de sexta-feira, no horário de Brasília), disseram autoridades. Testemunhas afirmaram que o suspeito tirou uma arma de sua bolsa e começou a disparar, forçando pessoas a se jogarem no chão ou a fugirem. O atirador foi preso minutos depois. Duas armas foram apreendidas na cena do crime, sendo uma delas automática. As autoridades disseram mais tarde que o suspeito é um cidadão norueguês. O nível de alerta terrorista na Noruega agora foi elevado ao seu patamar mais alto, embora o serviço de inteligência do país tenha dito que "não há indicação" de que outros ataques sejam prováveis. A Parada do Orgulho LGBTQ+ anual de Oslo deveria ser realizada no sábado e foi formalmente cancelada por recomendação da polícia. Mas, apesar disso, centenas de pessoas marcharam no final do dia, gritando: "Estamos aqui, somos queer, não vamos desaparecer!". "Acho fantástico que esta marcha esteja acontecendo, caso contrário ele teria vencido", disse uma mulher de 50 anos à agência de notícias AFP. Bandeiras de arco-íris e flores foram colocadas perto do local do ataque, enquanto os presentes se confortaram com abraços. O atirador era conhecido pelos serviços de segurança desde 2015 como um "suspeito de ser um islamista radicalizado" e tinha um histórico de doença mental, disse o serviço de inteligência da Noruega. "Há razões para pensar que pode ser um crime de ódio", disse a polícia. "Estamos investigando se o evento era um alvo em si ou se há outros motivos." O rei Harald, monarca da Noruega, disse que ele e sua família ficaram "horrorizados" com a violência. Ele afirmou que "devemos estar juntos" para defender "liberdade, diversidade e respeito um pelo outro". O primeiro-ministro da Noruega, Jonas Gahr Stoere, chamou de "ataque terrível e profundamente chocante contra pessoas inocentes". "Para todos os homossexuais que agora estão com medo e de luto, digo que estamos todos com vocês", disse ele no Facebook. Nos Estados Unidos, a Casa Branca disse estar horrorizada com o ataque, expressando solidariedade à Noruega, segundo a agência de notícias Reuters. Centenas de pessoas foram às ruas em Oslo Getty Images Pessoas marcharam mesmo após polícia recomendar cancelamento da parada Getty Images Testemunhas que estavam no London Pub contaram como fugiram para o porão, onde 80 a 100 pessoas aterrorizadas tentavam se esconder. Bili Blum-Jansen disse à TV2: "Muitos ligaram para seus parceiros e familiares, parecia quase como se estivessem se despedindo. Outros ajudaram a acalmar aqueles que estavam extremamente aterrorizados". O local do ataque foi isolado pela polícia EPA A polícia investiga se a Parada Gay de Oslo era o alvo do ataque Reuters "Vi um homem chegar com uma bolsa, ele pegou uma arma e começou a atirar", disse o jornalista Olav Roenneberg, da emissora pública NRK, que estava na área. Uma mulher disse ao jornal Verdens Gang que o atirador mirou cuidadosamente em seus alvos. "Quando entendi que era sério, corri. Havia um homem coberto de sangue imóvel no chão", disse ela. Outro homem disse ao jornal que tinha visto muitas pessoas no chão com feridas na cabeça. - Texto originalmente publicado em https://www.bbc.com/portuguese/internacional-61939646

Clínicas em todo o país estão fechando após a Suprema Corte rever a decisão histórica no caso 'Roe x Wade', o que permitiu aos Estados proibirem o procedimento. Funcionárias ligam para pacientes para cancelar abortos BBC Houve uma mudança palpável na atmosfera de uma clínica de aborto em Little Rock, no Estado americano do Arkansas, na manhã em que a Suprema Corte derrubou "Roe x Wade". Nesse momento, tudo virou de cabeça para baixo. As portas no final do corredor que leva à área do paciente foram instantaneamente fechadas - atrás delas, você podia ouvir o som de soluços. A BBC passou as últimas três semanas na Clínica de Serviços de Planejamento Familiar Little Rock, entrevistando funcionários e pacientes. Agora, a Suprema Corte - o órgão jurídico mais importante do país - anulou o direito ao aborto. Quando a decisão foi anunciada, os funcionários da clínica nos pediram para sair imediatamente para que eles pudessem ter tempo para processar sozinhos o que havia acontecido. Os acompanhantes de pacientes que estavam na clínica deram um abraço em grupo. "Achei que este país ainda se importaria com as pessoas. Ainda se importaria com as mulheres", disse Karen, uma dos acompanhantes. Do lado de fora, manifestantes antiaborto comemoraram, mas disseram que há mais coisas que precisam ser mudadas. "Será um dia de celebração, mas não vamos comemorar totalmente até que o aborto seja erradicado de nossa terra", disse Hoyt Plunkett à BBC. "Estejam avisados!", outro manifestante gritou para pessoas ainda estacionando seus carros na clínica e que não tinham ouvido falar da decisão. "Minha sugestão é que vocês deem a volta e deixem este lugar de pecado, este lugar de desigualdade, este lugar maligno", disse. Acompanhantes abraçam funcionários no último dia dos Serviços de Planejamento Familiar de Little Rock BBC Em todo os Estados Unidos, clínicas como a de Little Rock estão fechando suas portas. O Arkansas e outros 12 Estados têm uma "lei de gatilho" para proibir ou restringir o aborto se "Roe x Wade" - a decisão histórica em 1973 que legalizou o aborto - for derrubada. Quando a Suprema Corte tomou sua decisão na manhã de sexta-feira (24/6), dando aos Estados autoridade para restringir o aborto, essas leis de gatilho começaram a entrar em vigor. Enquanto alguns Estados, como o Texas, estabeleceram um período até que a lei entre em vigor, no Arkansas, ela passou a valer quase que imediatamente. Leslie Rutledge, procuradora-geral do Arkansas, disse à BBC que apoia a lei de gatilho e a decisão da Suprema Corte. "Acho que muitos de nós não achavam que isso aconteceria em nossas vidas", disse ela. O aborto só é legal para salvar a vida da mãe - não há exceções para estupro ou incesto. "Esta é uma vida inocente que estamos falando. E essa vida inocente que começa na concepção", disse Rutledge. "Ter sida formada sob circunstâncias malignas não torna essa criança inocente má." Agora, pessoas no Arkansas que estão enfrentando uma gravidez indesejada têm menos opções. Eles podem sair do Estado para fazer um aborto - a clínica mais próxima em um Estado que permite o aborto fica a 5 horas de distância - ou podem decidir ficar com o filho. O Estado não tem qualquer tipo de licença parental, e o Medicaid - seguro de saúde com financiamento público - cobre apenas mães de baixa renda por 60 dias após o parto. Rutledge disse que o governo do Arkansas "sempre apoiou essas mães", mas que eles "sempre precisam procurar mais maneiras de ajudar os pais que querem ser pais amorosos, e garantir que vamos cuidar destas crianças". Jenifer Thompson, primeiro paciente e hoje funcionária, diz que a clínica salvou sua vida BBC A equipe da clínica Little Rock passou a manhã ligando para os pacientes para cancelar consultas e ajudá-los a remarcar em diferentes Estados. Ashli Hunt, uma enfermeira, caiu em prantos na manhã em que a decisão saiu e correu para fora para recuperar o fôlego. "Não importa o quanto nos preparemos para as más notícias, quando elas finalmente chegam, atingem duramente. Ter que ligar para esses pacientes e dizer a eles que 'Roe x Wade' foi derrubado é de partir o coração", disse ela algumas horas depois, após ter tido tempo para processar a notícia. Ela trabalha na clínica há 14 anos. Ashli disse que está com o coração partido pelos pacientes que estão perdendo o direito de escolha, mas também por ela mesma. "Eles não apenas estão tirando a escolha das mulheres, mas estão tirando de mim a escolha de trabalhar com o que acho que tenho que fazer", disse ela. "A minha escolha está incluída nisso também."Jenifer Thompson, que chegou como paciente há mais de uma década antes de se tornar membro da equipe, disse que a clínica ajudou a salvar sua vida. Ela contou que depois de fazer um aborto aqui (e depois apoio para não engravidar), ficou tão impressionada com o cuidado que eles ofereceram que começou a se voluntariar. Ela acabou sendo contratada e se formou em Enfermagem. Problemas com álcool a levaram a ser demitida, mas ela disse que "o melhor chefe do mundo" lhe deu uma segunda chance ao recontratá-la quando ela começou a se recuperar. Manifestantes pró-aborto se reuniram no Arkansas BBC Agora, ela diz que está devastada por não poder mais ajudar as mulheres como antes. "Eu tenho que dizer a elas: 'sinto muito, mas não há nada que eu possa fazer por você. Lamento que seu namorado bata em você todos os dias, e que ele estupre você o tempo todo, você vai ter que encontrar outro lugar para ir", disse ela. "Quero dizer, eu posso dar a eles informações para ajudar a tentar, mas é de partir o coração. Esse lugar salvou minha vida, literalmente, várias vezes." No final da noite de sexta-feira, cerca de mil manifestantes se reuniram do lado de fora da Assembleia Legislativa do Estado, principalmente para protestar contra a decisão da Suprema Corte. Um dos acompanhantes da clínica estava lá. "Hoje, estamos de luto. Amanhã lutamos", disse ela.

Segundo a polícia, a causa das mortes ainda é desconhecida. Algumas vítimas tinham entre 13 e 17 anos. Polícia investiga mortes de jovens em bar na África do Sul Autoridades da África do Sul estão investigando a morte de 22 jovens cujos corpos foram encontrados dentro de um pub popular na cidade de East London neste domingo (26). Inicialmente, a polícia havia informado que as vítimas tinham entre 18 e 20 anos, mas posteriormente, com o andamento da investigação, as autoridades revelaram que entre os mortos havia jovens entre 13 e 17 anos. O jornal local "Daily Dispatch" afirma que os corpos estavam jogados em cadeiras e mesas sem nenhum sinal visível de violência. A polícia ainda não sabe a causa das mortes. Mais de 20 jovens são encontrados mortos em casa noturna na África do Sul Stringer/Reuters Segundo o chefe da polícia local, Tembinkosi Kinana, os corpos foram encontrados por moradores da área do bar, que fica no bairro de Scenery Park, a cerca de 3 quilômetros do centro da cidade e também funciona como discoteca. Compartilhe esta notícia pelo WhatsApp Compartilhe esta notícia pelo Telegram Multidão acompanha retirada de ao menos 22 corpos de jovens encontrados dentro de bar em East London, na África do Sul, em 26 de junho de 2022. Reuters "Vamos levar os corpos para a autópsia para descobrir as causas da morte", afirmou a porta-voz do departamento de saúde da cidade, Siyanda Manana. Imagens registradas nas redes sociais mostram que o local e os arredores estavam cheios na noite de sábado (25). Initial plugin text O presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, falou sobre o caso e lamentou as mortes. "Minhas condolências mais profundas vão às famílias dos 22 adolescentes que perderam suas vidas no bar em Scenery Park, em East London, no início desta manhã", declarou o presidente, em comunicado nas redes sociais. Leia também: Briga e incêndio deixam 18 mortos em discoteca na Indonésia Boate Kiss: veja principais momentos do julgamento O proprietário do local, Siyakhangela Ndevu, afirmou ao canal de televisão eNCA que também não sabe o que ocorreu e que recebeu um aviso para ir ao local apenas na manhã deste domingo (26). Moradores de East London, na África do Sul, acompanham o trabalho de equipes do lado de fora de bar onde ao menos 22 jovens foram encontrados mortos, em 26 de junho de 2022. Reuters "Ainda não tenho claro o que aconteceu, mas quando me ligaram no domingo de manhã me disseram que o bar estava muito cheio", declarou.

Ao menos quatro explosões foram registradas na capital ucraniana neste domingo (28), em movimento incomum de tropas russas no país. Líderes do G7 condenam ataque. Biden chama bombardeio de 'ato bárbaro'. Corpo de Bombeiros atua em prédio atingido por bombardeio russo no centro de Kiev AP Em um movimento incomum na guerra da Ucrânia, a Rússia disparou mísseis contra a capital do país, Kiev, neste domingo (28), atingindo prédios e matando ao menos uma pessoa. Ao menos quatro explosões foram registradas no centro de Kiev no início da manhã, e outras duas foram ouvidas na periferia do sul da cidade. Segundo a prefeitura, uma pessoa morreu e outras quatro ficaram feridas, entre elas uma menina de sete anos que teve que ser retirada de escombros. Compartilhe esta notícia pelo WhatsApp Compartilhe esta notícia pelo Telegram O prefeito da cidade, Vitali Klitschko, afirmou que ao menos dois prédios foram atingidos, e o ministro da Cultura do país, Oleksandr Tkachenko, disse que um jardim de infância também foi alvo de um dos mísseis. Pelo menos quatro pessoas ficaram feridas, segundo o governo ucraniano. O ataque é inédito desde março. Naquele mês, após uma rodada de negociações por um acordo de paz entre as duas partes, a Rússia concordou em retirar suas tropas da capital ucraniana e passou a concentrar os ataques no leste e no sul do país. Equipes de resgate trabalham em um prédio residencial danificado por um ataque de míssil russo em Kiev, Ucrânia, em 26 de junho de 2022 REUTERS/Valentyn Ogirenko Desde então, especialistas avaliam que o governo russo iniciou uma nova fase da guerra, centrada em conquistar, em vez de o país inteiro, cidades consideradas estratégicas para Moscou, como Mariupol, no sul, e as da região do Donbass, no leste, formando assim um corredor de dominação desde a fronteira entre os dois países, no leste, até a saída para o mar Negro, no sul. Severodonetsk está 'totalmente ocupada' por exército russo, diz prefeito O ataque a Kiev deste domingo, portanto, pode significar uma mudança nos planos da Rússia no país vizinho. Especialistas já apontavam que o presidente russo, Vladimir Putin, prepara sua economia e suas tropas para uma guerra longa, que pode durar ao menos até o fim do ano, mas sempre focada em bolsões estratégicos e longe da capital ucraniana. Líderes do G7 condenam ataque Reunidos na Alemanha para cúpula anual, os líderes do G7, grupo que reúne as nações mais ricas do mundo, condenaram o ataque à capital ucraniana. "É mais um dos atos de barbárie deles (russos)", declarou o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden. Outros ataques Além da capital ucraniana, o Ministério da Defesa da Rússia afirmou que seu país bombardeou, com artilharia de alta precisão, centros de treinamentos do Exército ucraniano nas cidades de Lviv, bem perto da fronteira com a Polônia, Chernihiv, no norte, e Zhytomyr, que fica entre Kiev e Lviv.

Medida, sugerida pelos EUA, começa a valer esta semana. Reunião das sete nações mais ricas do mundo é aberta na Alemanha e será marcada pelo debate sobre a guerra e a escassez de alimentos. O primeiro-ministro da Alemanha, Olaf Scholz, recebe o presidente dos EUA, Joe Biden, em um castelo na Alemanha para a abertura da cúpula do G7, em 26 de junho de 2022. Leonhard Foeger/ Reuters Os líderes do G7, o grupo que reúne as sete nações mais ricas do mundo, anunciaram neste domingo que irão banir a importação de ouro vindo da Rússia. O anúncio foi feito na abertura, esta manhã, da cúpula do G7, que acontece na Alemanha e reúne os líderes de Estados Unidos, Canadá, Reino Unido, Alemanha, França, Itália e Japão. 'Temos de mostrar a eles nossos peitorais': líderes do G7 fazem piada com Putin Guerra, fome, mudanças climáticas: o que esperar da cúpula do G7, que começa neste domingo Proposto pelos Estados Unidos, o banimento do ouro da Rússia é uma medida inédita e faz parte do pacote de sanções contra Moscou imposto por países do Ocidente desde o início da invasão russa à Ucrânia, em 24 de fevereiro. Em sua chegada ao castelo onde a cúpula é realizada, Biden afirmou que fez um apelo aos países para que sigam unidos. Os Estados Unidos têm coordenado com outros países para impor custos econômicos rápidos e significativos à Rússia para negar ao presidente Vladimir Putin a receita necessária para financiar sua guerra. A medida entra em vigor a partir da terça-feira (28).

Clube de países mais ricos se reúne na Europa até terça-feira (28). Guerra na Ucrânia e suas consequências para a economia devem ser tema central. Castelo de Elmau, na Alemanha, onde acontece a cúpula do G7 de 2022 Wolfgang Rattay/Reuters Começa neste domingo (26) a reunião anual da cúpula do G7, clube de países mais ricos do mundo. O encontro na Alemanha deve durar até terça-feira (28). Os países que são membros e os convidados discutem temas de relevância do momento e anunciam medidas conjuntas. Uma das principais expectativas deste ano é que o encontro tenha como foco o apoio à Ucrânia diante da ofensiva russa. Segundo o chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, o objetivo do encontro é enviar um "sinal poderoso" demonstrando que "nossas democracias fortes estão cientes de sua responsabilidade global conjunta". Abaixo, leia perguntas e respostas sobre o assunto e entenda o que esperar da cúpula. Onde acontece o G7? Neste ano, a cúpula acontece no castelo de Elmau, nos Alpes da Baviera, no sul da Alemanha. Quem faz parte do G7? Os países que fazem parte do G7 são: Alemanha, Canadá, França, Itália, Japão, Reino Unido e Estados Unidos. O Brasil faz parte do G7? Não, o Brasil não faz parte do G7 e pela terceira vez consecutiva ficou de fora da lista de convidados. Em 2020, o presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, chegou a dizer que poderia ser convidado para a reunião do G7, que naquele ano era presidido pelos Estados Unidos, então comandado por Donald Trump. Por conta da pandemia, entretanto, o encontro foi adiado, e o Brasil acabou descartado novamente da lista. Em 2019, o Brasil também ficou de fora da cúpula. Na ocasião, o presidente da França, Emmanuel Macron, anunciou uma ajuda emergencial para combater queimadas na Amazônia, em meio ao clima de tensão entre os dois países. Após o anúncio da ajuda, Bolsonaro questionou os interesses do líder francês na floresta. Quais países foram convidados? A Alemanha, país que preside o G7 neste ano, anunciou em maio os países convidados para a cúpula do grupo: Argentina, África do Sul, Índia, Indonésia e Senegal. O que esperar do encontro de 2022? O tema deste ano é "Progresso na direção de um mundo equitativo". Segundo Scholz, a mensagem que deve sair da cúpula do G7 é: "As democracias do mundo estão juntas na luta contra o imperialismo de Putin. Mas eles não estão menos comprometidos com a luta contra a fome e a pobreza e com o combate às crises de saúde e às mudanças climáticas." O líder alemão também afirmou que a guerra não deve levar "nós, do G7, a negligenciar nossa responsabilidade por desafios globais como a crise climática e a pandemia. Pelo contrário: muitas das metas que nos propusemos no início do ano tornaram-se ainda mais urgentes como resultado da mudança na situação global." Entretanto, a expectativa para que o encontro tenha como foco o apoio à Ucrânia diante da ofensiva russa é grande. Segundo a agência de notícias Reuters, líderes do G7 estão tendo discussões "muito construtivas" sobre um possível limite para as importações de petróleo russo, citando uma fonte do governo alemão. "Estamos em um bom caminho para chegar a um acordo", disse o funcionário. Em maio, o G7 anunciou, através da Casa Branca, que "comprometeu-se a proibir ou eliminar gradualmente as importações de petróleo russo". "Isso será um duro golpe para a principal artéria da economia do (presidente russo Vladimir) Putin e lhe negará a renda necessária para financiar sua guerra", acrescentou em comunicado. Rússia A Rússia deixou de fazer parte da cúpula em 2014, quando o grupo se chamava G8. Na ocasião, a a Rússia foi retirada do grupo após o governo de Vladimir Putin invadir e anexar a Crimeia, região da Ucrânia. Como foi o G7 de 2021? Em 2021, o encontro aconteceu em Londres. Na última edição, os países convidados foram: Austrália, Índia, África do Sul e Coreia e do Sul. Os ministros das Finanças do G7 se comprometeram com um imposto mínimo global para grandes empresas de "pelo menos 15%". O acordo foi descrito como "histórico" pelo ministro britânico das Finanças, Rishi Sunak, que presidiu a reunião de 2021.

Vítima tinha 21 anos e o homem, 79 anos. Segundo a investigação, eles discutiam a separação quando os tiros foram disparados. A cantora mexicana Yrma Lydya Reprodução Instagram/@yrma_lydya Yrma Lydya, a jovem cantora mexicana assassina a tiros pelo marido, tinha 21 anos e uma carreira promissora. Ela trabalhava em seu quarto álbum quando foi morta em um restaurante na Cidade do México na quinta-feira (23). Segundo a investigação, Yrma Lydya e o marido, o advogado Jesús Hernández Alcocer, de 79 anos, discutiam pouco antes do crime. Ela ainda deixou um bilhete enigmático, com círculos e outras figuras, em uma toalha de papel da mesa: "problemas de sangue, defeito, diabetes, desonesto, começar todo dia, o começo". O primeiro álbum de Yrma Lydya chama-se "God's Gift" (2015). Dois anos depois, em 2017, ela lançou "Talking", quando começou a se apresentar na televisão e em shows. Em 2019 ela estreou o álbum "Eternamente". A cantora foi introduzida no mundo artístico pelos seus pais, que a matricularam no balé quando tinha dois anos. "Desde criança me preparei no Bel Canto, mas nesse caminho encontrei as partituras de José Alfredo Jiménez, de María Grever, de todos aqueles compositores que deram brilho à música mexicana", disse ela em entrevista compartilhada em uma de suas redes sociais. Yrma Lydya foi agraciada com o Prêmio Nacional de Cultura, dado pelo Senado, e com o Doutor Honoris Causa por suas contribuições à cultura, concedido pela Câmara dos Deputados. A cantora mexicana Yrma Lydya Reprodução Instagram/@yrma_lydya Tiros e bilhete O crime aconteceu no restaurante Suntory Del Valle, na zona sul da Cidade do México. O homem foi preso por policiais junto com outra mulher. "Um homem atirou três vezes em sua esposa, ele já está detido junto com outra mulher que o acompanhava", disse Omar García Harfuch, secretário de Segurança da Cidade do México. Cantora mexicana Yrma Lydia Reprodução Instagram/@yrma_lydya Pouco antes de ser assassinada, Yrma Lydya escreveu algumas palavras aleatórias em uma toalha de papel da mesa: "problemas de sangue, defeito, diabetes, desonesto, começar todo dia, o começo". Ela também desenhou uma série de círculos e figuras. Alcocer tentou subornar a polícia para deixá-lo escapar na companhia de um de seus seguranças, que também foi preso. Cantora mexicana Yrma Lydia Reprodução Instagram/@yrma_lydya